Numa manhã marcada por lágrimas e dor, centenas de pessoas estão reunidas na Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Laulane, para o velório do advogado Elvino Dias, brutalmente assassinado a tiros na última sexta-feira, no centro de Maputo, juntamente com Paulo Guambe, mandatário, do Partido PODEMOS.
O ambiente é de profundo luto e revolta. Amigos, familiares e colegas de profissão prestam suas últimas homenagens a Elvino Dias, conhecido como um defensor incansável da justiça e dos direitos dos mais vulneráveis. As cerimónias fúnebres continuarão com o cortejo até ao cemitério de Michafutene, onde serão sepultados os seus restos mortais.
Enquanto decorre a leitura de mensagens de condolências de vários segmentos da sociedade — desde colegas advogados, juízes, partidos políticos até representantes da sociedade civil — a ausência do candidato presidencial Venâncio Mondlane, a quem Elvino Dias assessorava, foi notada. Mondlane, há dois dias, anunciou nas redes sociais que se encontra em “parte incerta”. Contudo, uma mensagem enviada em seu nome foi lida por um representante, na qual prometeu “25 dias de terror aos terroristas” que ordenaram o assassinato de Elvino Dias.