Lineu Candieiro deu início, esta segunda-feira, 05 de Maio, à sua campanha eleitoral para a presidência da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), prometendo liderar um movimento de reconciliação e fortalecimento do sector privado moçambicano. Sob o lema “CTA Unida, Moçambique Próspero”, o empresário e dirigente associativo compromete-se a construir uma organização mais inclusiva, descentralizada e voltada para os interesses reais dos empresários de todo o país.
No discurso de abertura da campanha, Candieiro dirigiu-se a empresários de todos os cantos de Moçambique, sublinhando a necessidade de uma CTA que represente e una todos os sectores — do informal ao formal, das grandes empresas às micro e pequenas — e todas as províncias, com os seus respectivos desafios e potencialidades. “Não estamos aqui para fazer promessas vazias. Estamos aqui para fazer história”, declarou.
Natural da província de Manica e actualmente radicado em Maputo, Lineu Candieiro é CEO do Grupo LIN e preside à Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE). É, segundo as suas palavras, “um soldado do sector privado” que acredita que só a união poderá transformar a CTA numa verdadeira referência nacional e internacional.
O candidato propõe uma CTA mais próxima dos seus associados, com canais de comunicação eficazes, fóruns regulares de diálogo e uma presença activa nas diferentes regiões do país. “Querem dividir a CTA para dominar. Mas nós não entraremos nesse jogo. Estamos aqui para reconciliar, reorganizar, reerguer”, afirmou, invocando figuras históricas como Samora Machel e Armando Guebuza para sublinhar o seu apelo à unidade.
O seu manifesto eleitoral define cinco eixos principais de actuação: reforço do diálogo público-privado, desenvolvimento institucional, estímulo à inovação e competitividade, internacionalização das empresas moçambicanas e fortalecimento do associativismo.
Na prática, isso traduz-se em medidas como a criação da plataforma CTA SOS para mediação de conflitos empresariais, a revisão da legislação sobre formação profissional, a defesa de uma robusta Lei de Conteúdo Local, e a promoção de parcerias estratégicas com universidades, entidades governamentais e mercados externos.
Candieiro promete ainda atenção sectorial focada na agricultura, energia, indústria, turismo, logística e construção. Propõe garantir crédito e tecnologia para os produtores agrícolas, negociar tarifas energéticas mais justas, fomentar a transformação local de matérias-primas e reforçar a presença internacional das empresas moçambicanas.
A estrutura proposta para os órgãos sociais da CTA inclui representantes de diversas federações sectoriais e provinciais, dando corpo à visão de liderança inclusiva e plural que o candidato tem defendido.
“Eu não sou o mais rico. Eu não sou o mais velho. Mas eu sou o mais comprometido com a união”, declarou Candieiro, encerrando o acto com um apelo à acção colectiva: “Vamos juntos. Vamos com fé. Vamos com coragem. CTA unida, Moçambique próspero!”