Numa altura em que Moçambique enfrenta uma sucessão de eventos climáticos extremos, o Instituto de Permacultura de Moçambique (IPERMO) destaca-se como um farol de esperança e resiliência. Assente nos princípios do cuidado com a Terra, com as pessoas e na partilha justa dos recursos, o IPERMO tem vindo a transformar comunidades vulneráveis em exemplos vivos de sustentabilidade e regeneração.
O Dia Internacional da Permacultura, celebrado a 4 de Maio, encontrou no país um terreno fértil para a mobilização de consciências. Para assinalar a data, o IPERMO promoveu palestras e actividades educativas, divulgando soluções regenerativas face aos múltiplos desafios ambientais e sociais que assolam o território — da degradação dos solos à insegurança alimentar, passando pelas mudanças climáticas cada vez mais severas.
Com um currículo composto por sete módulos — que vão desde a bioconstrução e energias renováveis à agroecologia e gestão comunitária da água —, o Instituto capacita técnicos e cidadãos para a implementação de transformações concretas e duradouras nas suas comunidades.
«A permacultura é hoje uma das respostas mais eficazes aos desafios que enfrentamos enquanto nação», sublinha o IPERMO, que apela a uma acção concertada de governos, organizações, escolas, agricultores e cidadãos. O objectivo é criar uma rede nacional em prol da sustentabilidade, transformando os actuais obstáculos ambientais em oportunidades para um futuro mais justo e resiliente.
Instituição de referência no sector, o IPERMO é, até ao momento, a única organização em Moçambique dedicada exclusivamente à promoção da permacultura.