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União e paz em foco no lançamento da festa dos 50 anos da independência em Inhambane

A primeira-secretária provincial da FRELIMO em Inhambane, Adélia Macucul, afirmou que os 50 anos da independência nacional e os 63 anos da fundação da FRELIMO representam décadas de sacrifício, luta, conquistas e superação de desafios em nome da liberdade, da paz e do progresso do povo moçambicano. Por isso, apelou aos camaradas que se mantenham coesos e unidos, preservando o que classificou como “o bem mais belo e precioso”: a paz. Sob o lema “50 anos da independência nacional: consolidando a unidade nacional, a paz e o desenvolvimento sustentável”, Moçambique caminha a passos largos para as comemorações do Dia da Independência Nacional e dos 63 anos da criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Texto: Anastácio Chirrute, em Inhambane

Na província de Inhambane, à semelhança do que ocorre em todo o país, as cerimónias de lançamento destas efemérides tiveram lugar na cidade de Inhambane e foram dirigidas pela Primeira-Secretária provincial da FRELIMO, Adélia Macucul.

“A fundação da FRELIMO foi o apogeu da organização dos moçambicanos que, desde a primeira hora, sob diversas formas de resistência, se opuseram à ocupação e ao domínio colonial. Foi a expressão mais genuína de que somente a unidade entre os moçambicanos poderia levar à vitória contra a poderosa máquina colonial. Representou o ponto mais alto da consciência nacionalista e da união do nosso povo”, declarou a dirigente.

Segundo Macucul, “foi graças a essa luta que o regime colonial rendeu e se fundou a pátria amada, sob a liderança do camarada Presidente Samora Machel, e em nome do Comité Central foi proclamada, a 25 de Junho de 1975, a independência total e completa de Moçambique. Hoje, em 2025, a República de Moçambique celebra 50 anos de existência como Estado soberano com território e nacionalidade próprios”.

Para a dirigente, as celebrações não devem ser apenas simbólicas, mas momentos de reflexão e compromisso. “Estamos aqui para lançar o movimento de celebração do jubileu dos 50 anos da independência, uma conquista histórica fruto do combate heróico e dos incansáveis esforços de homens e mulheres ousados e determinados. Este movimento deve abranger todos os estratos da sociedade, sem distinção de género, raça, religião ou ideologia política, pois a base da luta de libertação e do processo de desenvolvimento de Moçambique foi, e continuará a ser, a união.”

Dirigindo-se aos militantes e simpatizantes, Macucul sublinhou: “Hoje é dia de celebração, mas também de renovação do nosso compromisso com Moçambique. Os 63 anos da criação da FRELIMO e os 50 anos da nossa independência não são apenas números — são marcas de um percurso de luta, sacrifício e conquista.”

E prosseguiu: “O lema deste ano não é apenas uma frase simbólica. É um apelo urgente, um grito de responsabilidade que ecoa em cada canto do país, em cada lar, em cada coração moçambicano. 

Moçambique é um mosaico de culturas, línguas e tradições. A nossa diversidade é a nossa riqueza, mas é a unidade que transforma essa diversidade em força.”

Macucul destacou que, em momentos difíceis, como os ciclones que afectaram a costa moçambicana ou as acções terroristas que continuam a flagelar o Norte do país, foi a unidade nacional que manteve o povo de pé. “A verdadeira essência da unidade nacional não é apenas uma ideia política. É uma prática diária de solidariedade, partilha e compromisso com o bem comum.”

Referindo-se à paz, a dirigente frisou que esta não deve ser encarada apenas como a ausência de armas. “A paz é permitir que as crianças vão à escola sem medo, que as mulheres possam trabalhar e regressar a casa em segurança. É o direito de cada moçambicano sonhar com um futuro melhor. Mas a paz exige vigilância. Não podemos tolerar actos de violência que procuram dividir-nos como povo, nem permitir que o discurso de ódio tenha espaço na nossa sociedade. O povo de Inhambane sabe que a paz não é dada, é construída, e todos nós temos a responsabilidade de proteger este bem precioso.”

Sobre o desenvolvimento sustentável, a Primeira-Secretária disse que não deve ser encarado como um simples slogan, mas como um compromisso com o presente e com o futuro. “Aqui em Inhambane, estamos a mostrar que é possível crescer de forma equilibrada, preservando a nossa herança e garantindo que os nossos recursos beneficiem todos. Podemos dar o exemplo do gás de Pande e Temane, que deve ser gerido com transparência e responsabilidade para não só contribuir para o crescimento económico, mas também melhorar a vida das comunidades locais.”

Por fim, Macucul destacou o potencial do turismo: “É um sector vital para a nossa província. Precisamos de continuar a atrair visitantes, mas também de garantir que os turistas respeitem o nosso ambiente e valorizem a cultura do nosso povo.”

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