O Governo liderado por Daniel Chapo decidiu suspender, por tempo indeterminado, o funcionamento de pelo menos três portagens localizadas nos distritos de Chókwè e Macia, província de Gaza, após constatar que estas infra-estruturas são financeiramente insustentáveis, consumindo mais recursos do que aqueles que geram.
Texto: Maidone Capamba
A partir da vila de Chókwè, numa comunicação dirigida à população, na tarde desta terça-feira, o Presidente da República anunciou que, com efeito a partir de 15 de Junho, as portagens Chókwè–Macia, Chókwè–Macarretane e Macia–Praia de Bilene serão suspensas por tempo indeterminado, ficando o seu eventual restabelecimento condicionado à viabilidade económica do serviço.
De acordo com Daniel Chapo, o volume de tráfego rodoviário nas vias abrangidas não justifica os custos operacionais das portagens. “Nem sequer é possível pagar os salários dos trabalhadores ou a factura da energia eléctrica com as receitas colectadas”, lamentou o Chefe de Estado.
Chapo reiterou que a política do “utilizador-pagador” continuará a ser implementada em várias regiões do País, como forma de garantir a sustentabilidade da rede rodoviária, mas, no caso específico das portagens agora suspensas, não restava alternativa viável. O Presidente da República não especificou, no entanto, o futuro dos trabalhadores actualmente afectos a estas estruturas.
Recorde-se que, em ocasiões anteriores, o Governo assegurou que as portagens geridas pela Rede Viária de Moçambique (REVIMO) constituiriam uma fonte de financiamento para a reabilitação e manutenção das estradas nacionais. Esta decisão levanta, por isso, novos desafios quanto à sustentabilidade dos projectos de infra-estruturas rodoviárias.




