A Bacia do Limpopo enfrenta sérios problemas de deterioração da qualidade e disponibilidade da água, bem como de degradação dos solos — fenómenos agravados pela distribuição irregular das chuvas, fraca gestão dos recursos hídricos transfronteiriços e reduzida resiliência face a eventos climatéricos extremos. Por isso mesmo, representantes de quatro Estados-membros — Moçambique, Botswana, África do Sul e Zimbabué — que partilham as águas do rio Limpopo, estiveram reunidos esta semana na vila do Bilene, província de Gaza, com o objectivo de identificar soluções estratégicas para a gestão e desenvolvimento sustentável da bacia.
Sérgio Sitoe, secretário-executivo da Comissão de Gestão da Bacia do Limpopo, afirmou que delegados dos quatro países, juntamente com consultores contratados para o efeito, estão a analisar os problemas específicos de cada território, a fim de sistematizar a informação necessária à formulação de um plano de acção conjunto.
Segundo explicou, esta fase de concertação visa consolidar o trabalho já realizado, com vista à definição de uma estratégia comum. “Pretendemos concluir o levantamento de dados para dar início à elaboração do plano de desenvolvimento da Bacia do Limpopo, identificando acções prioritárias que permitam a mobilização de fundos”, referiu.
Sitoe acrescentou que já estão a ser iniciados alguns processos relacionados com a gestão dos solos e que, numa fase posterior, será promovido o upskilling — ou seja, o aprimoramento das competências técnicas dos quadros envolvidos, com vista a reforçar a capacidade de actuação de cada Estado.
Por fim, revelou que, em breve, será tornado público o plano estratégico que deverá contemplar os custos estimados para a mitigação dos principais problemas que afectam a bacia. Maidone Capamba
