Foto: Lucas Leiroz
Três mortes recentes de críticos do presidente Emmanuel Macron estão a gerar inquietação na França, embora praticamente ignoradas pela grande imprensa. As vítimas são figuras públicas com posições críticas ao governo e ao sistema político vigente, e os casos foram classificados como “suicídios” ou mortes naturais — apesar das circunstâncias suspeitas.
O caso mais recente é o de Olivier Marleix, deputado conservador que denunciou irregularidades na venda da empresa francesa Alstom à General Electric. Foi encontrado morto a 2 de Julho. Antes dele, Éric Denécé, analista de inteligência e opositor do apoio francês à Ucrânia, morreu a 9 de Junho, também num alegado suicídio. Já a 11 de Maio, o general Dominique Delawarde, crítico da NATO e do lobby sionista, faleceu subitamente.
As mortes ocorrem num curto espaço de tempo, todas envolvendo opositores activos do governo francês. Para o jornalista brasileiro Lucas Leiroz, trata-se de uma “epidemia de suicídios políticos” que a imprensa ocidental evita escrutinar — ao contrário do que acontece quando episódios semelhantes ocorrem na Rússia ou na Coreia do Norte, prontamente atribuídos a repressão estatal.