Várias rotas da cidade de Maputo, como a Praça dos Combatentes, Albazine e 1.º de Maio, registam, nesta quarta-feira, longas horas sem transporte semicolectivo, deixando milhares de passageiros à deriva. A ausência de viaturas nas principais paragens teve um impacto visível na rotina dos munícipes, que se viram obrigados a enfrentar caminhadas prolongadas ou a depender de boleias oferecidas por viaturas particulares.
O cenário foi marcado por viaturas semicolectivas parqueadas e outras a circular vazias, num claro sinal de protesto silencioso por parte dos transportadores. Segundo os motoristas, a paralisação foi motivada por alegadas multas abusivas impostas diariamente pela Polícia Municipal.

Alguns condutores afirmam ainda estar a ser forçados a abandonar a actividade devido a actos de sabotagem por parte de colegas de profissão. Há relatos de pneus propositadamente furados em viaturas que tentam manter a operação normal, sobretudo nas imediações da Praça dos Combatentes, o que contribui para um ambiente de crescente tensão entre os motoristas.
Em reacção à situação, a Polícia Municipal e a Polícia de Protecção realizaram um encontro com representantes dos transportadores, com o objectivo de ouvir as suas preocupações. As autoridades garantem estar abertas ao diálogo, mas deixaram claro que não irão tolerar comportamentos que comprometam a ordem e segurança nas vias públicas.
Enquanto se aguarda por uma solução concreta, os utentes continuam a ser os principais prejudicados, enfrentando incertezas e frustrações num sistema de transporte cada vez mais frágil e vulnerável a conflitos