O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane revelou, esta segunda-feira (22), à saída da Procuradoria-Geral da República, que é acusado pelo Ministério Público de cinco crimes no contexto das manifestações pós-eleitorais, nomeadamente apologia ao crime, incitamento à desobediência colectiva, instigação a um crime, instigação ao terrorismo e incitamento ao terrorismo.
Contudo, o político, que regressou ontem a Maputo após uma digressão na Europa, nega as acusações. “Não reconheço nenhum desses crimes. Estamos apenas a resistir a um regime que se mantém com base na violência e na fraude eleitoral”, afirmou.
O político criticou ainda o Presidente da República, Daniel Chapo, por alegadamente não ter cumprido os compromissos assumidos nos encontros mantidos entre ambos, como a libertação de manifestantes detidos, indemnização às famílias das vítimas e legalização do seu partido. Acusou Chapo de usar “linguagem agressiva” e de fomentar o ódio entre moçambicanos.