O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, apelou esta quarta-feira, em Vilankulo, província de Inhambane, a uma governação local participativa, transformadora e centrada no cidadão. Dirigindo-se aos administradores distritais, exortou-os a assumirem com responsabilidade o seu papel como representantes do Estado junto das comunidades e promotores do desenvolvimento inclusivo.
Durante a abertura da IX Reunião Nacional dos Administradores Distritais, que junta os 154 administradores de todo o País, Chapo destacou a composição diversa da actual equipa, que alia novas gerações de liderança local a quadros com experiência acumulada, favorecendo a partilha de saberes e a inovação na administração pública.
“Destacamos com apreço os avanços em matéria de género na nossa administração distrital, onde hoje temos 42 mulheres administradoras, o que representa 27% do total. Esta pluralidade constitui uma riqueza nesta equipa”, afirmou o Chefe de Estado, encorajando os mais experientes a partilharem o seu conhecimento com os recém-chegados, e os mais jovens a contribuírem com energia e inovação para a governação local.
No seu discurso, Chapo sublinhou que a governação distrital deve assentar num diálogo permanente com os cidadãos. “As populações são a razão da nossa existência como Governo. Sejamos administradores dialogantes, conhecedores das realidades de cada povoado, localidade ou posto administrativo”, frisou.
Recordou ainda que as eleições gerais de 9 de Outubro de 2024 conferiram ao Governo um novo mandato para o quinquénio 2025-2029, cujo foco será a construção dos alicerces da independência económica de Moçambique, alicerçada numa liderança visionária e comprometida.
“A concretização da nossa visão de independência económica exige uma liderança forte a nível central e uma governação transformadora e participativa a nível distrital, onde residem as populações e onde se implementam os programas do Governo”, defendeu.
Apesar do adiamento das eleições distritais, inicialmente previstas para o ano passado, Chapo reafirmou que a descentralização continua a ser um dos pilares da boa governação, devendo orientar a acção dos administradores. “O administrador distrital deve ser um impulsionador da participação democrática dos cidadãos no desenvolvimento local, garantindo a preservação da unicidade do Estado moçambicano, uno e indivisível”, declarou.
O Presidente destacou ainda a importância de uma actuação coordenada com todos os actores locais, incluindo sociedade civil, líderes religiosos, juventude, mulheres, crianças, idosos, líderes tradicionais e comunicação social.
“O administrador distrital deve conhecer profundamente o actual quadro da governação local e manter uma relação próxima com os múltiplos actores do distrito. Todos fazem parte do mosaico do desenvolvimento”, concluiu.