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Quissico investe na construção de salas de aula

Mais de 300 alunos da 1.ª à 6.ª classe da Escola Primária de Nhatungo, no bairro Nhangave, município de Quissico, província de Inhambane, poderão em breve deixar de estudar ao relento e sentados no chão. Estão em curso obras para a construção de um bloco com três salas de aula em material convencional, financiadas pelo Conselho Municipal, com duração prevista de quatro meses.

Texto: Anastácio Chirrute, em Inhambane

Segundo o edil de Quissico, Abílio Paulo, trata-se de uma medida para garantir um ambiente condigno, saudável e seguro para o ensino e aprendizagem. “Acreditamos que estas novas salas vão reduzir a situação das crianças que estudam em condições precárias. Para o próximo ano, pretendemos construir mais três salas na Escola Primária de Macomane, e há fundos disponíveis para materializar estes projectos”, assegurou.

Estas são as primeiras salas erguidas no actual mandato, mas somadas às construídas anteriormente elevam para 21 o número total de salas novas e equipadas no município, beneficiando mais de três mil alunos. O edil sublinhou que o objectivo é retirar todas as crianças do chão, embora reconheça limitações financeiras. Ainda assim, mais de metade dos alunos já frequenta aulas em melhores condições. Para Nhatungo, foi já lançado o concurso público para fornecimento de carteiras, secretárias para professores e material didáctico.

Morgue volta a funcionar

Ainda no cumprimento das promessas eleitorais, o Conselho Municipal reparou e entregou o sistema frigorífico da morgue do Hospital Distrital de Quissico, que se encontrava avariado há mais de três meses. Com a reactivação da máquina, as famílias deixam de ser forçadas a enterrar os seus entes queridos no mesmo dia por falta de conservação dos corpos.

Durante o período em que o equipamento esteve inoperacional, os cadáveres eram transferidos para a morgue do Hospital Distrital de Jangamo, a mais de 100 quilómetros de distância, ou enterrados de imediato, criando constrangimentos às famílias. O sistema, agora reabilitado, tem capacidade para conservar seis corpos em simultâneo.

Na cerimónia de entrega, realizada na quinta-feira, 18 de Setembro, o administrador do hospital, Francisco Matsimbe, recordou as dificuldades vividas: “Era muito difícil. As famílias eram obrigadas a enterrar os seus parentes como se fossem galinhas. Muitas vezes não havia tempo para esperar por familiares que viviam longe, sob risco de o corpo se decompor.”

Segundo Matsimbe, em média dão entrada mensalmente cinco a seis corpos vítimas de acidentes de viação. Com o sistema de conservação de cadáveres de novo a funcionar, a população poderá organizarse melhor e realizar funerais condignos, evitando deslocações penosas e situações indignas.

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