A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) manifestou, esta terça-feira, 8 de Outubro de 2025, profunda preocupação e repúdio pelo rapto do empresário português Francisco José Casquinha (Chico), ocorrido na baixa da cidade de Maputo.
Em comunicado, a CTA lamenta que este crime se some a outros seis casos de sequestros registados ao longo do ano, ainda sem esclarecimento, o que, segundo a organização, representa um sério revés para os esforços de recuperação económica que o país vem empreendendo após um período de instabilidade e destruição de infra-estruturas empresariais.
“Esta ocorrência vem agudizar os receios dos investidores em direccionarem os seus investimentos para Moçambique, porquanto a insegurança, o terror e a instabilidade são armas que atentam contra um ambiente de negócios saudável e atractivo”, lê-se na nota da Confederação.
A CTA recorda que o rapto acontece num momento sensível, em que decorrem os preparativos para a XX Conferência Anual do Sector Privado (CASP), a realizar-se sob o lema “Reformar para Competir – Caminhando para o Relançamento Económico”, encontro que pretende identificar barreiras ao investimento e reforçar a confiança dos empresários nacionais e estrangeiros.
Para a organização, nenhuma economia pode prosperar num clima de medo e insegurança. Por isso, exorta as autoridades competentes, em particular as Forças de Defesa e Segurança, a intensificarem as operações das unidades especializadas de combate ao crime organizado, com vista ao rápido esclarecimento do caso, ao regresso seguro do empresário e ao desmantelamento das redes criminosas responsáveis pelos sequestros no País.
A CTA apelou ainda ao Governo a adoptar medidas imediatas que travem o actual clima de terror e insegurança, afectando não só o sector empresarial, mas também outras regiões do país, como o norte de Moçambique, onde persistem ataques terroristas, incluindo os mais recentes no distrito de Memba, província de Nampula.
“Estes actos têm vindo a agravar a incerteza e a desmotivação no seio dos principais actores da promoção do emprego e do desenvolvimento nacional, reduzindo o fluxo de investimentos para o país”, sublinha o comunicado.
No fecho da nota, a Confederação solidariza-se com a família de Francisco Casquinha, reafirmando o seu compromisso em continuar a advogar pela melhoria do ambiente de negócios e pela construção de um Moçambique mais seguro, estável e atractivo ao investimento e à actividade empresarial.