Militares da Guiné-Bissau anunciaram hoje ter derrubado o Presidente Umaro Sissoco Embaló e assumiram o “controlo total” do país. A acção ocorreu horas depois de fortes tiroteios perto do palácio presidencial e da Comissão Nacional de Eleições, num ambiente já marcado por tensão política.
O golpe interrompeu o processo eleitoral que decorria desde domingo, particularmente conturbado, tanto para as presidenciais quanto para as legislativas. Embaló tentava a reeleição e já cantava vitória. O seu rival, Fernando Dias da Costa, também reivindicava vitória antes da divulgação oficial dos resultados. Tudo acontecia num cenário de exclusão do PAIGC, que era um partido histórico naquele país, alimentando suspeitas de irregularidades e um clima de desconfiança.
Foi neste âmbito que os militares afirmaram que a intervenção visou impedir “fraude eleitoral” e evitar uma crise maior. Em consequência, as instituições foram suspensas e as fronteiras fechadas.




