A Federação do Desenvolvimento Empresarial de Moçambique (FDEM) distinguiu, esta terça-feira, 23 de Dezembro, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, com o Prémio Resiliência, numa cerimónia integrada no Brinde do Final de Ano, na sede da organização, em Maputo. A distinção foi apresentada como um gesto inequívoco de gratidão do sector empresarial moçambicano ao Chefe do Estado, pelo papel desempenhado na estabilização política, na recuperação da confiança dos investidores e na melhoria progressiva do ambiente de negócios.
Ao fundamentar a atribuição do galardão, o presidente da FDEM, Lineu Candieiro, sublinhou que o prémio reconhece uma liderança exercida num dos períodos mais desafiadores da história recente do País, marcado por instabilidade social, bloqueios à livre circulação, interrupção de actividades produtivas e forte erosão da confiança económica.
Segundo Candieiro, ao assumir a chefia do Estado, Daniel Chapo encontrou um cenário adverso, mas respondeu com serenidade, firmeza e sentido de Estado, orientando Moçambique para a reorganização institucional e para um novo horizonte de previsibilidade. Na leitura da FDEM, a aposta no diálogo inclusivo com as forças políticas e sociais foi determinante para a retoma da paz social e da normalidade democrática, criando condições para a recuperação económica.
O líder empresarial destacou ainda reformas consideradas estruturantes, com impacto directo no sector privado, como a operacionalização de linhas de crédito, a reforma do fundo de garantia, a criação do Fundo de Desenvolvimento Local para reduzir assimetrias regionais e o avanço de instrumentos de financiamento ao desenvolvimento, incluindo o banco de desenvolvimento.
Candieiro salientou igualmente a revisão do pacote fiscal, interpretada pela FDEM como um sinal claro de alívio da carga tributária e de estímulo ao investimento privado, bem como os progressos no reforço da governação financeira, materializados, entre outros aspectos, na saída de Moçambique da lista cinzenta do GAFI.
No domínio da diplomacia económica, referiu a retoma de grandes projectos, com destaque para o gás, enquanto, no campo da segurança, valorizou a resposta firme do Estado no combate à criminalidade organizada, nomeadamente aos raptos, factor considerado crucial para a protecção da classe empresarial e para a atracção de investimento directo. “A resiliência não é apenas resistir à pressão, mas levantar-se perante a adversidade”, afirmou Lineu Candieiro, frisando que o prémio simboliza o reconhecimento do sector empresarial a uma visão de Estado que coloca o desenvolvimento económico e a dignidade humana no centro das prioridades nacionais.
Para a FDEM, a distinção traduz também a convicção de que a parceria entre o Estado e a iniciativa privada é um motor essencial para um Moçambique mais próspero, inclusivo e resiliente.
Chapo distribui loiros pelas aldeias
Em representação do Presidente da República, impossibilitado de estar presente por imperativos de agenda, o chefe do Gabinete de Estudos e Projectos da Presidência da República, Mateus Magala, agradeceu a distinção e sublinhou o seu significado especial por partir do sector empresarial.
Segundo Magala, o Presidente Daniel Chapo recebe o Prémio Resiliência com humildade e sentido de responsabilidade, por entender que a resiliência não é um mérito individual, mas o resultado do esforço colectivo de um povo que continua a acreditar, a trabalhar e a avançar, mesmo em contextos adversos.
Na sua intervenção, Magala frisou que Moçambique tem enfrentado desastres naturais, choques económicos e períodos de incerteza, mas tem sabido escolher a unidade em vez do desespero, o trabalho em vez da resignação e a esperança em vez do medo. Nessa perspectiva, afirmou que, para o Chefe do Estado, o prémio pertence sobretudo ao povo moçambicano: às empresas que persistem e investem, aos trabalhadores que produzem, às comunidades que se reerguem e às instituições, como a FDEM, que apostam no diálogo, na iniciativa privada e no desenvolvimento nacional.
O representante presidencial reafirmou ainda o compromisso do Presidente da República em continuar a trabalhar lado a lado com o sector privado, aprofundando o diálogo económico, reforçando a confiança mútua, acelerando reformas e transformando o potencial do País em prosperidade concreta.

Para além da distinção ao Chefe do Estado, a cerimónia do Brinde do Final de Ano ficou igualmente marcada pela homenagem ao ministro da Economia, Basílio Muhate, ao empresário Salimo “Águia” Abdula, reconhecido pelo seu percurso e inspiração para o empresariado nacional, e a vários órgãos de comunicação social, incluindo o Dossiers & Factos.
Na óptica da FDEM, a imprensa tem desempenhado um papel nuclear na promoção de um ambiente de negócios saudável, ao assegurar a circulação de informação relevante, credível e indispensável ao desenvolvimento socioeconómico de Moçambique.


