O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou ontem o decreto que reconhece a independência de Donesk e Lugansk da Ucrânia e, algumas horas depois, ordenou o envio de forças de “manutenção da paz” para as duas regiões. A polémica decisão, que Putin considera que devia ter sido tomada há muito tempo, agudiza a tensão reinante na fronteira com a Ucrânia, onde estão estacionados mais de 100 mil militares russos.
No seu discurso, o presidente russo disse estar ciente de que “o ocidente vai impor sansões de qualquer forma”, e, efectivamente, elas não tardaram. O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, proibiu qualquer investimento americano nas duas regiões separatistas a que a Moscovo reconheceu independência.
A União Europeia também se pronunciou através da respectiva Presidente da Comissão. Ursula von der Leyen falou da violação dos acordos de Minsk, assinados em 2014, e prometeu uma reacção com “determinação”.
Também Emmanuel Macron, presidente da França, condenou a decisão de Kremlin e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. O Chanceler alemão, Olaf Scholz, falou de um “duro golpe” aos esforços diplomáticos visando encontrar uma solução pacífica, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu anunciar sansões esta terça-feira, 22 de Fevereiro.