Numa altura em que se intensifica a “caça ao voto” que antecede as VI Eleições Autárquicas no País, começam a surgir algumas surpresas…ou talvez não.
Os professores, que chegaram a prometer “retaliação” aos problemas salarias que se instalaram no País desde a introdução da Tabela Salarial Única (TSU), dizem-se agora dispostos a “trabalhar” com…a Frelimo.
Em reunião havida num local e data que Dossiers & Factos não conseguiu apurar, uma cidadã que se presume docente recorda os “sapos” engolidos no princípio deste ano, altura em que o Presidente da República e cumulativamente timoneiro do partido no poder, Filipe Nyusi, chegou a recomendar que a classe parasse de “complicar o Governo”. “Bebam lá água, irmão”, receitou o PR.
“O que nós queremos é consideração. O Governo não nos considera. Nós já sabíamos que tarde ou cedo podiam nos precisar. Estão aqui hoje, já nos precisam…aquele professor que foi mandado beber água sem comer nada hoje está a ser precisado, não sei se é para dar um tambor de água…”.
Após o flashback que confirma a profecia feita há meses pela classe, a cidadã concede uma espécie de amnistia aos “camaradas”, assegurando que “nós estamos dispostos a trabalhar”.
Refira-se que os problemas salariais, que são transversais na função pública, prevalecem, havendo até hoje docentes que ainda não receberem ordenados correspondentes ao mês prestes a findar. Em condições normais, os salários neste sector são pagos entre 15 a 20 de cada mês.