No dia em que tomou posse para mais um mandato à frente dos destinos do Município de Quelimane, Manuel de Araújo lançou farpas à Frelimo, partido que, nas suas palavras, foi obrigado a “vomitar” a capital provincial da Zambézia.
A declaração do autarca é uma alusão clara à reversão dos resultados das eleições autárquicas em sede do Conselho Constitucional, depois de a Comissão Nacional de Eleições ter atribuído a vitória ao partido do “batuque e maçaroca”, provocando manifestações quase que diárias na cidade.
Para Manuel de Araújo, tais manifestações dos membros e simpatizantes da Renamo, realizadas ao som do “trufafá”, foram fundamentais demover a Frelimo da sua suposta intenção de “arrancar” fraudulentamente aquela autarquia.
Apesar disso, de Araújo diz que as portas do seu gabinete estão escancaradas para receber ideias da Frelimo, de outros partidos e até de cidadãos apartidários. Parafraseando o Presidente da República, Filipe Nyusi, o dirigente vincou que “boas ideias não têm cor partidária”.