O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, declarou na manhã desta segunda-feira, 29 de Abril, que não renunciará ao cargo, permanecendo assim como chefe do Governo
de Espanha.
Sánchez revelou ter considerado a possibilidade de renunciar na quarta-feira passada, após um tribunal de Madrid confirmar a abertura de uma investigação preliminar por alegado tráfico de influências e corrupção envolvendo sua esposa, Begoña Gómez.
O Ministério Público, no entanto, solicitou no dia seguinte o arquivamento da queixa, alegando falta de indícios de crime que justificassem a abertura de um processo penal.
A investigação envolvendo Begoña Gómez diz respeito às suas conexões com empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que receberam apoio público durante a crise da pandemia de Covid-19 ou firmaram contractos com o Estado enquanto Pedro Sánchez já ocupava o cargo de primeiro-ministro.
Além disso, Sánchez, que lidera o governo espanhol desde 2018, tem sido alvo de críticas devido a uma investigação judicial envolvendo um assessor de um ex-ministro socialista. Este assessor é acusado de supostamente receber comissões ilegais pela venda de máscaras durante a pandemia para entidades públicas, incluindo governos
regionais sob controle do PSOE na época.
Essa situação levou à criação de comissões de inquérito no parlamento, com o apoio dos socialistas, para investigar a compra de material sanitário pelas administrações públicas durante a crise da Covid-19. Os trabalhos dessas comissões começaram na semana
passada.