Uma fonte próxima ao treinador Sérgio Conceição revelou ao jornal A BOLA que Conceição considera o seu adjunto, Vítor Bruno, um traidor devido ao seu comportamento e falta de frontalidade.
De acordo com essa fonte, o treinador mais titulado da história do FC Porto não poupou palavras para expressar a sua decepção com o adjunto. A relação entre Sérgio Conceição e Vítor Bruno, que antes parecia sólida, deteriorou-se drasticamente.
Separação conturbada entre adjunto e treinador
A notícia sobre a possível sucessão de Vítor Bruno no comando técnico do FC Porto veio à tona durante uma reunião na casa do novo presidente do clube, André Villas-Boas, na quarta-feira passada, 29 de Maio. Durante essa conversa, Villas-Boas informou Conceição de que Vítor Bruno estava na linha da frente para assumir o cargo de treinador principal na próxima temporada.
Conceição, visivelmente desiludido e zangado, abandonou a reunião após saber da notícia. A sua frustração foi exacerbada pela recente interacção com Vítor Bruno, que dois dias antes havia participado de um jantar pago por Conceição para toda a equipa técnica. Nessa ocasião, Bruno mencionou que tinha um convite para treinar uma equipa no estrangeiro, mas não revelou que estava a ser considerado para substituir Conceição no FC Porto.
Traição e falta de honestidade
A falta de transparência de Vítor Bruno foi um golpe para Sérgio Conceição. O treinador sente que Bruno foi desonesto ao esconder que estava na disputa pelo comando dos dragões. Esta situação criou um clima de desconfiança e ressentimento, marcando um final tumultuoso para a temporada no FC Porto.
Os restantes adjuntos de Conceição — Siramana Dembélé, Diamantino Figueiredo, Vedran Runje e Eduardo Oliveira — estão do lado do treinador. Caso Conceição realmente saia do FC Porto, é esperado que estes membros da equipa técnica o acompanhem no seu próximo projecto.
A relação entre Conceição e Vítor Bruno, outrora baseada na colaboração, agora enfrenta uma profunda crise de confiança, sugerindo que qualquer transição futura no comando técnico do FC Porto será tudo menos pacífica.