O grande número de buracos nas estradas da cidade da Maxixe, na província de Inhambane, está a retrair muitos investimentos. Diariamente, veículos ligeiros e camiões enfrentam enormes prejuízos, mesmo após o pagamento de impostos e outras obrigações. A situação está a deixar os moradores frustrados, que pedem uma solução urgente para reverter o cenário. O actual executivo, liderado por Issufo Francisco, reconhece o problema e está a mobilizar fundos para resolvê-lo.
Texto: Anastácio Chirrute, em Inhambane
Maxixe, uma cidade economicamente activa e atravessada pela Estrada Nacional Número Um, já foi conhecida como a mais limpa e moderna da província. No entanto, o excesso de buracos nas vias de acesso fez com que perdesse essa reputação. Apesar de já se terem passado cerca de cinco meses desde que Issufo Francisco assumiu o cargo de edil, a cidade continua deteriorando-se, irritando os agentes económicos. Eles consideram injusto pagar impostos enquanto a cidade permanece “abandonada”.
Dentro da cidade, é difícil circular com veículos de baixa suspensão devido ao tamanho e profundidade dos buracos. Condutores frequentemente saem de suas faixas para evitar danos, o que tem levado a vários acidentes, incluindo colisões e atropelamentos. Jorge Nhanala, um agente económico expressou seu descontentamento: “Não faz sentido que, apesar de termos um presidente eleito, nada esteja sendo feito para resolver o problema dos buracos.”
Falta de estacionamento e saneamento
Outro problema enfrentado pelos moradores é a falta de um parque de estacionamento para camiões, que causa engarrafamentos na cidade. Augusto Damião, condutor e professor, considera a situação preocupante e sugere a construção de um parque específico para camiões. “Os camiões têm um grande impacto negativo nas estradas. A edilidade deveria incluir no seu plano a construção de um parque de estacionamento,” afirmou.
Além disso, a falta de saneamento é evidente, com lixo acumulado em frente aos estabelecimentos comerciais, causando um cheiro desagradável e potenciais problemas de saúde. Um agente económico clamou: “Pedimos ao Conselho Municipal para recolher o lixo, mas as promessas não são cumpridas. Acabamos levando o lixo pessoalmente para a lixeira, mesmo pagando impostos.”
Issufo Francisco reconhece as preocupações dos munícipes e garante que a resolução desses problemas está no seu plano de governação. No entanto, ele está ainda a mobilizar recursos financeiros para reverter a situação. Fontes próximas ao edil indicam que Maxixe tem melhorado em termos de receitas, mas alguns funcionários desonestos têm desviado recursos arrecadados. A questão que persiste é quanto dinheiro foi arrecadado desde Março e como está a ser utilizado?