Venâncio Mondlane foi intimado pelo Ministério Público, nesta terça-feira, 15 de Outubro, a abster-se de práticas que violam a Constituição e a lei eleitoral. No entanto, Mondlane, que acredita que os resultados divulgados pelas Comissões Provinciais de Eleições foram adulterados, convocou uma paralisação geral para a próxima segunda-feira, 21 de Outubro.
Segundo Mondlane, a Frelimo não quer deixar o poder para manter o controlo do petróleo, do gás natural, dos rubis e, especialmente, das finanças do País, favorecendo uma minoria.
“Agora que as Comissões Provinciais estão a anunciar os resultados falsos das Comissões Distritais, estão a ser extremamente arrogantes. Dizem que não voltam atrás e que vão continuar a avançar, mantendo o controlo das finanças do País. Querem controlar os negócios, os diamantes, os rubis, as pedras preciosas e as madeiras, enquanto todo o povo vive na miséria e na desgraça. Mesmo com números absurdos, continuam arrogantes”, afirmou Mondlane numa comunicação à nação feita através das redes sociais.
O candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS convocou, para o dia 21 de Outubro, uma greve geral em todo o País.
“Vamos começar na segunda-feira. Às 00:00 de domingo, iniciaremos uma greve nacional geral, paralisando toda a actividade pública e privada, do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Índico, em todo o território nacional. Vamos parar todas as actividades públicas e privadas no dia 21 de Outubro.”
Além disso, Venâncio Mondlane apelou aos moçambicanos para que, durante a manifestação, exibam cartazes de repúdio contra o que considera ser a ditadura que destruiu o país nos últimos 50 anos.
“Vamos também, nesse dia, mostrar cartazes expressando o nosso repúdio. Não queremos um país perdido nas mãos de uma ditadura, nem um país algemado por uma pequena elite predatória que tem vindo a destruir esta nação.”
