De acordo com informações divulgadas pelo Semanário Económico nesta terça-feira, 7 de Maio, uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizou um encontro com alguns dignitários do Estado moçambicano, incluindo o ministro da Economia e Finanças (MEF), Max Tonela, e o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
Durante a reunião, o Max Tonela destacou os desafios actuais enfrentados pelo País, especialmente a necessidade de calibrar as medidas fiscais e estruturais para manter a consolidação fiscal, garantir uma trajectória sustentável para a massa salarial e melhorar a sustentabilidade da dívida pública, bem como a capacidade de mobilização de recursos para financiar a economia.
“Os progressos alcançados até agora têm sido de extrema importância para a estabilidade macroeconómica e o retorno a um crescimento sustentável da economia moçambicana. Saudamos a equipa do FMI e expressamos nosso apreço pelo apoio e compromisso dedicados a Moçambique”, sublinhou Tonela.
O ministro também enfatizou a necessidade de ajustar as políticas económicas para enfrentar os desafios emergentes, como os impactos dos choques climáticos e as ameaças impostas pelo terrorismo na região norte.
Em Janeiro, o FMI aprovou a terceira revisão do programa de financiamento para Moçambique, garantindo um “desembolso imediato” de 60,7 milhões de dólares para apoio orçamental. Com esse desembolso, os fundos totais para o país chegam a 273 milhões de dólares.
O desempenho do programa foi considerado satisfatório, com cinco dos oito indicadores estruturais cumpridos até Dezembro de 2023 e três dos quatro critérios de desempenho quantitativos observados.
O director-executivo adjunto do FMI, Bo Li, alertou para os riscos que ainda persistem, especialmente os eventos climáticos adversos e a frágil situação de segurança. No entanto, destacou que a recuperação económica está a ganhar impulso, apoiada por projectos de gás natural liquefeito (GNL) e uma diminuição das pressões inflacionárias.
O programa de assistência técnica do FMI visa apoiar a recuperação económica de Moçambique, reduzir a dívida pública e as vulnerabilidades de financiamento, e promover um crescimento mais inclusivo através de reformas estruturais.