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Alberto Nhancale: “É preciso investir em infra-estruturas de ténis”

O antigo praticante de ténis e actualmente treinador, Alberto Nhancale, considera que urge investir nas infra-estruturas do ténis, pois a falta de campos tem condicionado o desenvolvimento da modalidade no país.

 

Texto: Arão Nualane

Fotos: Albino Mahumana

O jornal Dossiers & factos “entabulou” uma conversa animada com o antigo joagador de ténis e actualmente treinador, Alberto Nhancale, que falou de tudo um pouco sobre este desporto. Na percepção de Nhancale, a modalidade está num momento bom, num estágio em que as selecções viajam mais para fazerem jogos internacionais. O treinador argumenta que, no passado, isso também acontecia, mas não tanto como acontece actualmente.

Outro aspecto importante no desenvolvimento da modalidade é o facto de o país também acolher torneios de grande envergadura, como é o caso dos “Torneios Futures”, que contam para a pontuação a nível mundial.

“Isso mostra que o estágio da modalidade é positivo e temos atletas que têm posições a nível mundial, saindo de Moçambique”, sustentou, acrescentando que as competições a nível interno são tantas que permitem aos praticantes disputarem 12 torneios, que contam para a pontuação intramuros.

Para este desportista, estes torneios ajudam porque permitem constatar o que é bom ou mau em cada jogador.

Num outro desenvolvimento, a fonte debruçou-se sobre o Grand Slam, que é o conjunto dos quatro maiores torneios da modalidade, designadamente o Open da Austrália, Open dos Estados Unidos, Roland Garros e Wimbledon. Defende a necessidade de o país ter mais altetas nos “Torneios Future”, pois estes, pela pontuação que conferem, ajudam os atletas a chegarem aos grandes palcos.

“Não são quaisquer atletas que jogam no Grand Slam, mas jogadores que já tem potencial a nível mundial. Começam dos juniores e vão subindo para os seniores”, explicou, para depois acrescentar que “neste momento, não temos tido muitos jogadores que têm estes torneios de pontuação para poderem jogar no Grand Slam”.

 

Passagem de testemunho é uma realidade

Num outro momento, Nhancale referiu-se à formação, enaltecendo o Clube de Ténis do Jardim Tunduro, em Maputo, por ser um exemplo de passagem de testemunho aos mais novos, ensinando a modalidade às crianças a partir dos cinco ou seis anos de idade.

No entender de Nhancale, isso mostra que, de facto, se está a fazer um trabalho de formação, sendo disso comprovativo o facto de, num passado recente, o país ter acolhido os torneios de sub-12.

“Então, o ensinamento ou a transferência das habilidades tem sido muito bem feita, porque tentamos ensinar os mais novos o que é jogar ténis”, disse.  A fonte diz ter a consciência de que não é fácil conciliar o desporto com a escola, mas garante que os técnicos têm orientado os atletas para que não prejudiquem nenhuma das duas actividades.

Nhancale disse igualmente que a Federação Moçambicana de Ténis e o Clube estão de mãos-dadas e têm feito um trabalho nas escolas, seleccionando os melhores para que sejam praticantes da modalidade.

 

Uma modalidade elitista?

Muito se tem falado do facto de o ténis ser consierado um desporto das elites. Nhancale assume que, de facto, o material usado na modalidade é caro. Para equipar um atleta diz serem necessários, no mínimo, 10 mil meticais.

Mas, para a nossa fonte, o maior problema está ligado às infraestruturas para a prática da modalidade, que são escassas no país, daí a necessidade de haver investimento.

“Só se joga ténis nos courts do Jardim Tunduro. Embora tenhamos campos privados, ninguém deixa jogar”. “Enquanto não tivermos infra-estruturas, não podemos levar campeonatos nacionais para as outras províncias”, disse.

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