Durante a sua campanha nas províncias de Nampula e Niassa, Daniel Francisco Chapo, candidato presidencial da Frelimo, colocou a industrialização no centro das suas promessas, com o objectivo de gerar emprego e impulsionar o desenvolvimento económico local. Chapo, que percorreu diversos distritos das duas províncias, comprometeu-se a atrair grandes empresas e a apostar na criação de indústrias locais, principalmente ligadas à agricultura, como parte da sua estratégia de governação.
Texto: Anastácio Chirrute
No distrito de Memba, Chapo destacou a importância de reabilitar infra-estruturas, prometendo a reconstrução da estrada que liga Nacala-à-Velha a Memba, essencial para o escoamento de produtos agrícolas e para o desenvolvimento industrial da região. “Vamos criar condições para que as empresas possam investir em Memba e Nacala, gerando mais empregos para os jovens,” disse Chapo durante um comício, reforçando que o distrito tem potencial para atrair indústrias ligadas ao processamento de produtos agrícolas.
Em Angoche, Chapo comprometeu-se a reabrir a antiga fábrica de processamento de castanha de caju, encerrada há mais de 20 anos, garantindo assim uma fonte significativa de emprego e rendimento para a população local. Segundo o candidato, esta será uma das suas prioridades caso vença as eleições de 9 de Outubro. A reabilitação da fábrica não só ajudará a criar empregos, mas também a revitalizar a economia local e aumentar o valor acrescentado das exportações da região.
No Niassa, a aposta na industrialização também foi destacada, com Chapo prometendo trazer empresas para a região, particularmente ligadas ao sector agrícola. “O Niassa dispõe de terras férteis e tem grande potencial agrícola. Queremos investir em indústrias de processamento para garantir que a produção agrícola não só aumente, mas também seja transformada localmente, gerando mais valor e mais empregos,” afirmou o candidato.
Chapo também falou sobre a criação de centros de formação técnica e profissional, que terão um papel crucial na capacitação dos jovens para trabalhar nas novas indústrias que serão instaladas na região. “Queremos que os nossos jovens tenham as ferramentas necessárias para trabalhar e criar os seus próprios negócios,” acrescentou. O candidato prometeu ainda que cada jovem formado receberá um kit de ferramentas para iniciar o seu próprio negócio, promovendo o auto-emprego e o desenvolvimento sustentável.
No entanto, Chapo frisou que para a industrialização e o desenvolvimento se concretizarem, será necessário combater a corrupção. “A corrupção faz mal a todos nós, sem que nos apercebamos. O dinheiro que devia ser usado para construir escolas, hospitais, estradas e infra-estruturas acaba nas mãos de algumas poucas pessoas. Temos de acabar com isso,” afirmou, comprometendo-se a liderar uma luta firme contra este mal que, segundo ele, tem travado o progresso de Moçambique.
A industrialização proposta por Chapo foi apresentada como a chave para o desenvolvimento do país, com a promessa de transformar a economia das províncias de Nampula e Niassa. A construção de novas estradas, a expansão da rede de energia e água, e a criação de indústrias locais são, para o candidato da Frelimo, os pilares de uma nova era de crescimento económico e inclusão social.
Para além das indústrias agrícolas, Chapo também destacou a importância de melhorar as infra-estruturas de apoio à actividade económica, como estradas, pontes e o sistema energético, que são essenciais para garantir a competitividade das empresas e o sucesso dos projectos de industrialização. “Com estradas melhores e acesso facilitado à energia, poderemos atrair mais investidores e criar condições para que as empresas cresçam e prosperem,” afirmou.
A industrialização, segundo Chapo, será acompanhada de um forte investimento em infra-estruturas sociais, como hospitais e escolas, para garantir que o desenvolvimento económico seja acompanhado por uma melhoria nas condições de vida da população.
