Daniel Chapo é oficialmente o quinto Presidente de Moçambique. O também secretário-geral da Frelimo tomou posse esta quarta-feira, 15 de Janeiro, na Praça da Independência, defronte ao edifício do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, perante uma plateia composta por convidados de “fato e gravata”.
Ao contrário do que tem sido habitual nessas ocasiões – em média, participam destes eventos cerca de cinco mil pessoas – os “pés descalços” não estiveram presentes, muito por culpa dos bloqueios impostos pela Polícia da República de Moçambique (PRM) em diferentes pontos que dão acesso à Praça da Independência, aos quais se associa a indignação de parte da sociedade com o desfecho das eleições gerais de 2024, classificadas como fraudulentas.
De resto, enquanto Daniel Chapo tomava posse, populares se aglomeravam em vários pontos das cidades de Maputo e Matola para protestar contra a investidura do novo Chefe de Estado e aclamar Venâncio Mondlane, que se diz o justo vencedor das eleições presidenciais.
A polícia tenta reprimir os ajuntamentos, em certos casos com emprego excessivo da violência, havendo relatos de baleamentos mortais na Machava Socimol, a título de exemplo.
É caso para dizer que o novo ciclo de governação começa da mesma forma que terminou o anterior: com turbulência.