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COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA 2024: Manica prevê vender mais de 1 milhão de toneladas

Apesar do fenómeno El Nino, caracterizado por factores paradoxais, nomeadamente cheias e seca, a província de Manica, na zona centro do País, prevê comercializar, na presente campanha, 1.611.617,64 toneladas de produtos agrícolas diversos, contra 1.589.815.09 toneladas comercializadas no ano passado (2023). A cifra, que segundo dados na posse do Dossier Económico representa um crescimento de 1.54%, resulta do empenho dos produtores e da intervenção do Governo.

Texto: António Cumbane

Falando no lançamento da campanha de comercialização agrícola, que teve lugar no distrito de Vanduzi, a governadora de Manica, Francisca Domingos Tomás, disse que do total dos produtos a serem comercializados, 36% são cereais, 16% raízes e tubérculos, 21% hortícolas, 6% leguminosas, 14% frutas e 6% culturas de rendimento.

“Para o alcance da meta a que anteriormente me referi, é importante que toda a cadeia de valor da comercialização funcione como um sistema integrado, onde cada interveniente, desde o produtor até ao consumidor, possa desempenhar plenamente o seu papel, o que irá contribuir para a eficiência e a rentabilidade do sector”, disse a governante.

A governadora realçou ainda que, “como governo provincial, continuaremos empenhados na criação de condições que assegurem maior fluidez nas trocas comerciais, na ligação dos centros de produção aos centros consumidores, fidelidade da informação estatística comercial e empoderamento e dianteira do sector privado na dinamização da comercialização agrícola”.

Fez saber ainda que, no que concernente às ligações de mercado, o governo continuará a incentivar o uso e consumo da matéria-prima local pelas indústrias nacionais, visando assegurar o aumento da capacidade produtiva do empresariado local.

“Em relação aos preços dos produtos agrícolas, continuaremos a trabalhar no sentido de assegurar que a fixação dos preços seja feita tendo em conta os custos incorridos pelas partes (produtor e comprador) “, garantiu Francisca Tomás.

Para tal, segundo ela, o preço de compra dos produtos deverá ser alto o suficiente para compensar o produtor e acessível o suficiente para induzir os compradores a aceitá-lo.

“Só assim estaremos a criar as bases para que a comercialização agrícola funcione como um verdadeiro sistema económico organizado, com múltiplas vantagens para todos os intervenientes”, realçou.

Os constrangimentos associados à comercialização agrícola, tal é o caso do fenómeno El Nino, que gerou um impacto negativo e significativo sobre a primeira época Agrícola, sufocaram os camponeses em Manica, que se viram obrigados a redobrar esforços para não morrerem à fome.

Agricultores recebem insumos agrícolas

À margem da cerimónia, foram entregues insumos agrícolas e equipamentos constituídos por 38,2 toneladas de sementes diversas, pesticidas e fertilizantes, seis sistemas de irrigação com pivô central, instrumentos de produção e fundos de financiamento aos projectos.

“Este apoio está avaliado em mais de 53 milhões de meticais, financiados pela Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze”, disse a governante, acrescentando que o gesto vai contribuir para a recuperação da campanha agrícola 2023/24, através da sementeira da 2ª época.

“Quero, em nome da população da província, do governo provincial e em meu próprio, agradecer a Agência do Vale do Zambeze, na pessoa do director geral, por este inestimável apoio”, agradeceu Francisca Tomás.

A campanha de comercialização agrícola tem sido caracterizada por momentos de alguma euforia, e, em alguns casos, os produtores acabam vendendo toda a produção, postura desencorajada pela governante.

“Neste sentido, quero apelar a toda a população da província a evitar a venda de toda a produção como forma de assegurar que não haja bolsas de fome”, apelou, frisando que, “igualmente, é importante que façam o aproveitamento das zonas baixas para a campanha da segunda época, apostando nas culturas tolerantes à seca, na semente certificada e de ciclo curto e na produção de hortícolas”.

A campanha de comercialização agrícola referente ao presente ano decorre sob o lema: “comercialização agrícola dinamizadora do agro-negócio e industrialização”.

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