Desde a publicação do “decreto” de Venâncio Mondlane naqulilo a que denomina “Jornal do Povo”, os utentes têm vindo a boicotar os serviços de inspecção de viaturas, resultando numa redução drástica da procura. Esta situação tem tido um impacto significativo nas receitas das concessionárias, que enfrentam uma quebra acentuada no volume de operações, revela o portal Torre News.
Tinga Petane, coordenador da Control Gold, concessionária que opera nos postos de inspecção do Zimpeto e Tchumene, disse à Torre News que o número diário de veículos inspeccionados caiu de 400 para cerca de 100. “As pessoas deixaram de comparecer. Apenas recebemos viaturas recém-importadas, veículos para licença de transporte ou para renovação de seguros”, afirmou Petane.
O “decreto” assinado por Venâncio Mondlane justifica a suspensão das inspecções obrigatórias com o estado precário das estradas nacionais, argumentando que o pagamento das taxas de inspecção é incoerente enquanto o Governo não garantir vias transitáveis e alternativas. O documento sustenta ainda que as taxas aduaneiras sobre veículos e peças já representam um encargo considerável para os proprietários.
Em reacção, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado informando que instaurou processos contra o ex-candidato presidencial pela publicação do polémico documento, que estabelece medidas para os primeiros 100 dias do governo sombra.
Mesmo assim, Mondlane parece não estar disposto a recuar. Numa visita surpresa a Bolobe, na tarde desta terça-feira, 28 de Janeiro, o político reafirmou que as 30 medidas são para cumprir, para gáudio da multidão que o escutava.