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Depois de Malawi, Eswatini também recebe refugiados moçambicanos

Nas últimas duas semanas, Eswatini acolheu 357 moçambicanos em fuga da crescente instabilidade política em Moçambique, e que tende a agravar-se após a validação dos resultados que atribuem vitória a Frelimo e Daniel Chapo. Segundo  Eswatini News, os refugiados foram instalados no Centro de Refugiados de Malindza. O Governo local mobiliza apoios para lidar com a crise.

Texto: Dossiers & Factos

A ministra dos Assuntos Internos de Eswatini, princesa Lindiwe, informou que está em curso um esforço para prestar assistência aos refugiados, envolvendo os Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, bem como organizações como a Visão Mundial, responsável pela gestão dos campos de refugiados naquele país vizinho. No entanto, a ministra destacou que os recursos actuais são insuficientes para responder ao fluxo contínuo de requerentes de asilo.

“Apelamos à comunidade internacional, incluindo as agências da ONU e indivíduos de boa vontade para se juntarem a nós neste momento difícil. Precisamos urgentemente de alimentos, roupas, colchões e cobertores para aliviar a situação destes cidadãos moçambicanos, que enfrentam circunstâncias extremamente adversas,” declarou a governante.

Malawi recebe cerca de 13.000 refugiados

A crise política em Moçambique também levou à entrada de aproximadamente 13.000 refugiados no Malawi desde segunda-feira, 23 de Dezembro, conforme amplamente noticiado pelos meios de comunicação ao longo da semana passada. Este fluxo iniciou-se após o anúncio oficial dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional, que confirmaram a vitória da Frelimo e do seu candidato presidencial, Daniel Chapo.

Segundo Dominic Mwandira, comissário do distrito fronteiriço de Nsanje, no sul do Malawi, a maioria dos refugiados atravessou os rios Shire e Ruo para fugir da violência. Cerca de 2.500 famílias já foram registadas e estão a ser alojadas em locais temporários. “Esperamos que este número continue a crescer nos próximos dias, dada a gravidade da situação em Moçambique,” alertou Mwandira.

Sob anonimato, um funcionário da ACNUR citado pela DW descreveu a situação como uma emergência humanitária e expressou preocupação com a possibilidade de um agravamento significativo da crise.

O pior pode estar por vir

O futuro imediato do País permanece incerto, mas teme-se que a situação se deteriore ainda mais. Venâncio Mondlane, candidato apoiado pelo Podemos, prometeu anunciar as medidas da etapa “Ponta de Lança” esta segunda-feira, 30 de Dezembro. Mondlane admitiu ainda estar a ponderar aceitar propostas de apoio paramilitar, que alega ter recebido.

Com a crescente tensão política e o aumento do número de refugiados, a situação continua a ser uma séria ameaça à estabilidade regional.

 

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