O embaixador da Rússia em Moçambique esteve hoje, 2 de Março, no espaço “Café da Manhã”, da Rádio Moçambique, para explicar as motivações daquilo que é descrito como “invasão” das tropas russas à Ucrânia.
Alexander Zurikov reiterou a oposição de Moscovo à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), explicando que tal representaria um “perigo aberto” ao seu país. Disse não ter nada contra o princípio de portas abertas das organizações, mas vincou que “a sua segurança [Ucrânia] não pode provocar insegurança do vizinho [Rússia]”. “A segurança ou existe para todos, ou não existe”, rematou Zurikov.
O embaixador negou ainda que o Exército russo esteja a matar civis na Ucrânia, chamando atenção para a existência de “noticiários falsos”. Recordou que o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, distribuiu armas à população para auto-defesa. Entre os civis estão aqueles a que Alexander Zurikov chama de “bandas armadas”. É a estas “bandas” que atribui o assassinato de civis. O diplomata também fez notar que a maioria das imagens que circulam na imprensa ocidental são referentes a supostas matanças perpetradas pelos nacionalistas ucranianos nos Estados separatistas de Donbass.
Debruçando-se sobre as negociações recentemente iniciadas na Bielorrússia, o responsável especificou as condições do seu país: declaração de neutralidade da Ucrânia, “desnazificação” e “desmilitarização” do país. AC