Não é caso para menos. A situação que se vive em Moçambique também tira o sono aos quadros seniores do Partido Frelimo, que gere a máquina do Estado desde a proclamação da independência e foi declarado vencedor das últimas eleições gerais. Tal é a preocupação que já há camaradas a criticarem a aparente letargia do partido e a exigirem uma reunião nacional de quadros.
Texto: Dossiers & Factos
Fontes dentro da Frelimo afirmam que é dever desta formação política, como sempre foi, encontrar soluções para os problemas do povo moçambicano. Por isso, entendem ser inevitável a convocação de uma reunião nacional de quadros.
Uma das fontes explicou que, estranhamente, e ao contrário do esperado, algumas figuras proeminentes dentro do partido não vêem com bons olhos a realização deste tipo de evento. No entanto, o grupo que exige a reunião nacional de quadros pretende discutir as melhores saídas para preservar a soberania do Estado e do País, manter a paz e a harmonia social, entre outros valores essenciais para o desenvolvimento.
As mesmas fontes acrescentam que, apesar de haver quem defenda a não realização da reunião nacional de quadros, há muitos motivos para que esta seja convocada. Na impossibilidade de uma reunião de quadros, espera-se que, no mínimo, seja convocada uma sessão extraordinária do Comité Central com carácter de urgência. Cabe à Comissão Política convocar uma ou outra sessão.
De referir que, na reunião nacional de quadros, geralmente participam todos os membros do Comité Central, deputados da Assembleia da República e outros membros eleitos ou seleccionados a nível provincial.
Olhando para esta estrutura e para a complexidade das convocatórias, que podem levar mais tempo, o Comité Central, segundo as nossas fontes, poderia reunir-se numa sessão alargada, incluindo os Secretariados Provinciais, os deputados da Assembleia da República e os membros das Assembleias Provinciais.
Texto extraído na edição 588 do Jornal Dossiers & Factos