É nos punhos cerrados dos pugilistas nacionais que Moçambique deposita as esperanças de amealhar medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. Sem surpresa, Alcinda Panguana, o nome maior da modalidade, e Tiago Muxanga, começaram o seu trajecto na capital francesa com o pé direito, ao derrotarem, respectivamente, Jessica Triebelova (Eslováquia) e Magomed Schachidov (Alemanha), qualificando-se, assim, para os oitavos-de-final.
O próximo obstáculo para Alcinda Panguana, que alcançou os quartos de final há quatro anos, em Tóquio, é Liu Yang. A chinesa é campeã mundial da categoria 66 kg, mas não é uma “montanha” impossível de escalar, especialmente para a porta-bandeira da comitiva nacional, vice-campeã mundial em 2022, que promete dar tudo pela vitória.
O confronto sino-moçambicano está marcado para quinta-feira, 04 de Agosto, um dia depois de Tiago Muxanga, medalha de prata nos Jogos da Commonwealth, medir forças com o mexicano Marco Alvarez Verde, na categoria 71 kg.
País ainda corre na água e na pista
Moçambique, que viu os nadadores Denise Donelli (100m costas feminino), Matthew Lawrence (100m peito masculino) e a judoca Jacira Ferreira eliminados na primeira fase das respectivas provas, tem ainda expectativas em relação a Deyze Nhaquile (vela) e Steven Sabino (atletismo – 100 metros raso).
De acordo com o calendário dos Jogos Olímpicos, a velejadora entra em cena no próximo dia 2 de Agosto. Já com participações em dois mundiais, a moçambicana de 23 anos marca presença pela segunda vez nas olimpíadas, depois de também ter estado em Tóquio.
Por sua vez, Steven Sabino, de apenas 18 anos, cumprirá a sua estreia nos Jogos Olímpicos no dia 4 de Agosto. A coqueluche da modalidade em que Moçambique tem maior tradição na grande montra do desporto mundial – muito graças à Lurdes “Menina de Ouro” Mutola – alcançou sua melhor marca (10s.35) em Março deste ano, no “Asa Athletix Grandprix III”, prova realizada em Joanesburgo.