O Ministério da Indústria e Comércio (MIC), o Comité Nacional para a Fortificação de Alimentos (CONFAM) e a Milhouse, uma fabricante de micronutrientes e compostos de vitaminas de África, assinaram um memorando de entendimento para solidificar a extensão do Programa Nacional de Fortificação de Alimentos.
A ideia é que o programa inclua e alcance pequenas fábricas, e, por essa via, apoie a capacidade da indústria na fortificação de alimentos básicos, tais como, farinha de trigo, açúcar, óleo de cozinha e sal.
Andre Redinger, fundador da Millhouse, observa que parcerias do gênero são fundamentais se o continente quiser alcançar um pivot na sua luta contra a “fome oculta”. “Embora muitas pessoas consumam o suficiente para se sentirem satisfeitas, a realidade é que milhões não recebem vitaminas, minerais e micronutrientes adequados de que necessitam devido à fraca qualidade nutricional dos alimentos que consomem. De facto, cerca de seis milhões de crianças são afectadas pela subnutrição aguda na África Central e Ocidental, e as cifras tendem a subir globalmente a milhares de milhões”, alertou.
Por sua vez, Eduarda Zandamela, do MIC, mostrou-se satisfeita por iniciar uma parceria com uma organização “orgulhosamente africana”, e disse que essa união “dá-nos uma grande confiança de que estamos no caminho certo para o sucesso”.
Além de reforçar a capacidade do Ministério para monitorar a iniciativa da fortificação localmente, o acordo visará aumentar o alcance geral na região, através da prestação de um apoio contínuo, formação e recursos aos beneficiários e criação de uma consciência nacional em torno da importância da fortificação dos alimentos.