O Ministério da Saúde reuniu ontem, em Maputo, com a Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos (ANARME), para debater a Estratégica de Coordenação no Âmbito do Combate aos Produtos Farmacêuticos de Baixa Qualidade e Falsificados no país. A reunião foi orientada pelo Ministro da Saúde, Armindo Daniel Tiago.
O evento em causa visava, entre outros objectivos, reforçar os mecanismos de controlo e vigilância dos medicamentos, vacinas, produtos biológicos farmacêuticos e de saúde que circulam no território nacional.
De acordo com os dados do Sistema de Monitoria e Vigilância Global (GSMS), do qual Moçambique é membro, foram reportados em todos os continentes casos de produtos falsificados, e África foi o mais afectado, com 42% de notificações.
A falsificação de medicamentos tem causado a morte de milhares de pessoas no continente africano, com maior enfoque para crianças.
O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse na reunião que Moçambique ocupou a 6ª posição num grupo de 14 países africanos, com 3.3% de medicamentos contrafeitos, num universo de 550 milhões de doses apreendidas durante operação Biyela 2, realizada em 2014, segundo dados da Organização Mundial das Alfândegas (OMA) e Instituto Internacional de Pesquisa Contra Medicamentos Contrafeitos (IRACM).
Sendo a falsificação de medicamentos um problema global, Armindo Tiago diz que somente será possível combatê-la com o envolvimento de todos os agentes, desde fabricantes, autoridades reguladoras, profissionais de saúde, polícias, alfândegas, magistrados e consumidores.