O mundo celebrou ontem, 25, o dia Mundial Contra à Malária, data esta instituída pela Organização Mundial da Saúde, em 2007, com objectivo de reconhecer os esforços globais para o controlo efectivo da doença.
Em meio ao desespero que o mundo vive com a pandemia da Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz não haver actualmente nenhuma ferramenta que pode solucionar a luta contra a malária, nem mesmo os medicamentos.
“Nenhuma ferramenta disponível hoje resolverá o problema por novas abordagens do controlo de medicamentos”, disse OMS em comunicado.
Ainda segundo a nota da organização que rege a saúde global, “é necessária uma acção urgente e acertada para colocar o mundo de volta na trajectória para alcançar as metas de 2030 da estratégia global da OMS contra a Malária”.
Em 2020, houve mais de 241 milhões de casos da malária e 627 mil mortes em 85 países, sendo mais de um terço de mortes são crianças em países africanos. A OMS revela que, há dois anos, muito antes da pandemia, as mortes por malária aumentaram em 12%.
Com as mudanças climáticas que muitos países vêm sofrendo, maior parte da população com baixo nível de condição de vida não tem oportunidade de acender aos tratamentos médicos e nem materiais de prevenção como redes mosquiteiras e substâncias químicas para expulsão de mosquitos, sendo que uma parte vive perto de rios ou em lugares onde o saneamento não é favorável.
Para este ano, o OMS recorda os esforços sob lema “Aproveitar a inovação para reduzir a carga da doença e salvar vidas”.
3,3 bilhões de pessoas em 106 países correm risco de contrair a malária, e nesta perfectiva a OMS apela ao investimento e inovação de tecnologias, no sentido de satisfazer a redução da carga da malária globalmente.