A Gemfields, empresa de exploração de pedras preciosas, anunciou receitas de 121 milhões de dólares (aproximadamente 7,6 mil milhões de meticais) no primeiro semestre do ano, impulsionadas pela forte procura de esmeraldas e rubis em bruto.
De acordo com o portal Engineering News, que publicou a informação a 29 de Julho, a empresa continua a avançar com a construção de uma segunda fábrica de processamento na sua mina de rubis em Montepuez, Moçambique, que está dentro do orçamento e prevista para ser concluída até ao final do primeiro semestre do próximo ano. Na mina de esmeraldas de Kagem, na Zâmbia, também detida a 75% pela Gemfields, a modernização da fábrica foi concluída, permitindo uma taxa de processamento mais elevada.
Durante o período, a empresa reportou uma dívida líquida de 44,4 milhões de dólares (2,8 mil milhões de meticais), antes de contabilizar os recebíveis de 65,5 milhões de dólares (4,1 mil milhões de meticais) provenientes dos leilões. Este endividamento deve-se ao contínuo investimento no seu plano de despesas de capital, financiado por uma combinação de reservas de caixa e aumento de dívida. Além disso, a Gemfields devolveu aos accionistas um total de 10 milhões de dólares (632 milhões de meticais) até ao momento.
No leilão de Junho, a empresa registou receitas de 68,7 milhões de dólares (4,3 mil milhões de meticais) com a venda de rubis brutos de qualidade mista da mina de Montepuez. Dos 97 lotes disponíveis, 94 foram vendidos, atingindo uma taxa de satisfação de 97%. O preço médio por quilate foi fixado em 316,9 dólares (19,9 mil meticais), com a receita do leilão a ser integralmente repatriada para a Montepuez Ruby Mining (MRM) e todos os royalties devidos ao Governo de Moçambique devidamente pagos