Num esforço intensificado de combate ao branqueamento de capitais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique apreendeu 608 viaturas, na sua maioria de luxo, após investigar trinta parques de venda de automóveis na cidade de Maputo. A investigação resultou no encerramento de 24 desses parques por determinação judicial, interrompendo assim todas as suas actividades comerciais.
De acordo com informações obtidas pela Televisão de Moçambique (TVM), há fortes indícios de que empresas envolvidas na venda dessas viaturas foram constituídas com recursos de origem desconhecida, com ligações a cidadãos estrangeiros, em sua maioria paquistaneses, que operavam no país sem qualquer registo migratório. Além disso, existem suspeitas de utilização indevida do sistema financeiro moçambicano, o que poderia ser um mecanismo para ocultar a proveniência ilícita de grandes somas de dinheiro.
A PGR também identificou sinais de fraude fiscal e contrabando de mercadorias durante as investigações. No total, 17 cidadãos paquistaneses foram detidos, enquanto outros suspeitos permanecem em fuga. A operação representa um passo significativo nas ações da PGR para combater o crime organizado e proteger a integridade do sistema financeiro do país.