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Ossufo Momade condena invasão russa à Ucrânia

Juntando-se às vozes de quase todo o mundo, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RANAMO), Ossufo Momade, condena a ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, classificando-a de “inconcebível” e “lamentável”. O líder da “perdiz” mostra-se solidário à Ucrânia e pede “bom senso” às partes.
Texto: Amad Canda
Em “mensagem de solidariedade ao povo ucraniano”, Ossufo Momade diz estar a acompanhar, à semelhança do partido que lidera, com “imensa preocupação” as ofensivas militares da Rússia em território ucraniano, que tiveram início na madrugada da última quinta-feira, 24 de Fevereiro, instantes depois de devidamente anunciadas ao mundo pelo presidente Vladimir Putin.
Diz ser “inconcebível e lamentável” que, em pleno século XXI, e volvidos mais de 30 anos após o fim da guerra fria, o mundo esteja a testemunhar “uma guerra de invasão a um outro Estado”. A Momade e a Renamo, que afirmam ser pela paz em Moçambique e no mundo inteiro, nem interessam as motivações do conflito, mas sim as mortes, a violação dos direitos humanos, do direito internacional, a destruição de infraestruturas e a soberania de uma Nação.
O líder do segundo maior partido moçambicano apela, por isso, ao “bom senso” e à retirada “incondicional” das tropas russas da Ucrânia, para que retomem “as negociações conducentes a uma solução diplomática, tomando como base os Acordos de Minsk”.
“Para nós a Renamo, e para mim próprio, na qualidade de presidente do partido, o caminho de diálogo e diplomacia é o único aconselhável para aproximar as diferenças e encontrar soluções para se evitar quaisquer conflitos. O mundo não mais merece guerras”, lê-se na mensagem de Momade, que entretanto defende o direito de cada Estado escolher os seus aliados sem interferência externa, “sobretudo quando essa aliança não põe em causa segurança nacional e Mundial”.
Nyusi em cima do muro? 
A Renamo tornou a primeira instituição política de Moçambique a emitir um pronunciamento sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, assumindo uma posição clara. Pelo menos até ao dia do fecho desta edição (sábado), não era conhecida a posição dos restantes partidos, e nem do Estado moçambicano.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, mantém-se num silêncio tumular sobre esta matéria, à semelhança da Assembleia da República, o que pode sugerir uma posição neutral, eventualmente por receios de comprometer as relações bilaterais quer com a Rússia, quer com os países ocidentais.
A atitude silenciosa de Moçambique é consentânea com a adoptada quase que pela generalidade das nações africanas. É certo que a União Africana pronunciou-se, no dia 24 de Fevereiro, pedindo cessar fogo imediato e o respeito à integridade territorial da Ucrânia, mas essa posição não foi precedida de consulta aos Estados-membros.
Na Ucrânia, os combates intensificam-se a cada dia e há já centenas de mortes e milhares de pessoas que tentam fugir do país.

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