Em resposta à seca severa que assolou Moçambique durante a época chuvosa de 2023-2024, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) lançou oficialmente, esta quarta-feira, um Apelo Humanitário para mobilizar recursos adicionais.
Texto: Dossier económico
Na ocasião, a Presidente do INGD, Luísa Celma Meque, sublinhou a gravidade da situação, destacando que 1,8 milhões de pessoas foram gravemente afectadas pelo fenómeno El Niño, e outras 510.000 encontram-se em situação de emergência devido à insegurança alimentar.
As províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete foram as mais afectadas, com o INGD a liderar, em parceria com diversas organizações, a implementação dos primeiros Planos Distritais de Acções Antecipadas para a seca, beneficiando 270 mil pessoas em nove distritos piloto.
O Governo também investiu num seguro soberano contra a seca, que disponibilizará 5,5 milhões de dólares para intervenções multissectoriais. No entanto, com os efeitos da seca a agravarem-se, o número de pessoas em crise alimentar poderá subir para 2,3 milhões até Março de 2025.
Diante desta crise, a Presidente do INGD apelou a uma abordagem inclusiva e integrada para garantir que as iniciativas de resposta sejam eficazes e promovam a resiliência das comunidades afectadas.