A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que está à beira de completar um ano, segue ao rubro. Para lá das confrontações no “teatro” das operações, os beligerantes digladiam-se no campo mediático, com a Ucrânia a ter, também neste ramo, um grande suporte do Ocidente.
Os media ocidentais têm dado conta da redução de receitas de petróleo russo, como reflexo das sanções impostas pelo eixo EUA-UE. Uma das medidas mais duras foi tomada em Dezembro de 2022 pelos países da União Europeia, e consiste na fixação do limite máximo do preço do petróleo russo em 60 dólares por barril.
O limite máximo do preço aplica-se ao petróleo bruto transportado por mar, aos óleos de petróleo e aos óleos obtidos a partir de minerais betuminosos originários ou exportados da Rússia. Esta medida junta-se à proibição da importação pelo mar de petróleo bruto e de produtos petrolíferos russos imposta pela UE e às proibições similares de outros parceiros do G7.
O ocidente garante que as sanções estão a surtir os efeitos desejados, na medida em que implicam perda de milhões de dólares por parte de Moscovo. Foi, aliás, essa a ideia defendida pelo antigo líder do CDS, Paulo Portas, na última edição do “Global”, espaço de comentário de que é protagonista na TVI.
Contudo, a versão do Kremlin aponta para o sentido inverso. Segundo noticia o Integrity, o governo russo anunciou recentemente que as receitas do petróleo e gás aumentaram em 28% em 2022, apesar das sanções ocidentais. O aumento das vendas para a China e para Índia terá sido suficiente para “neutralizar” o impacto do boicote ocidental.