Está confirmado: os professores respiram de alívio após início do pagamento das horas extraordinárias referentes ao ano de 2022 na província de Manica. Ao todo, são 715 escolas envolvidas e, desse número, apenas 92 é que ainda não foram abrangidas pelo processo que imperava por falta de verbas.
Por António Cumbane
O director provincial de Educação em Manica, Albino Chaparica, informou que a dívida actual gira em torno de 1.616 milhões de meticais. No momento, está em curso a liquidação das horas extraordinárias referentes a 2022. “Teremos fases subsequentes para o pagamento dos valores referentes aos anos anteriores. Vale destacar que, das 715 escolas envolvidas, apenas 92 ainda não foram contempladas,” disse ele.
Sobre os professores recém-contratados, Chaparica afirmou que a maioria já está recebendo seus salários, embora alguns casos administrativos ainda estejam pendentes. “Não temos razões de queixa,” acrescentou.
A governadora de Manica, Francisca Domingos Tomás, comentou sobre o processo de pagamento dos valores referentes às horas-extraordinárias. Ela observou que, apesar da demora do Estado devido à falta de fundos, é gratificante ver os professores recebendo seus valores, e destacou a importância de valorizar esse avanço.
A questão das horas extras tem gerado mobilização em todo o país. Recentemente, após greves, os professores ameaçaram processar o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano se o pagamento das horas extras não fosse realizado. Em Maputo e Matola, várias greves foram desencadeadas pelos professores em protesto pela falta de liquidação dessas horas.
Essas paralisações, que duraram vários dias, afectaram os alunos, mas não houve resposta do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano ou do Ministério da Economia e Finanças. Assim, Manica se junta às províncias que estão tentando resolver a dívida com os professores, uma pendência que se arrasta desde 2022 e envolve 715 escolas.