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SNJ destaca primeira semana de campanha “sem incidentes graves”

O Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) anunciou, em comunicado, que a primeira semana da campanha eleitoral de 2024 decorreu sem registo de incidentes graves envolvendo profissionais da comunicação social em Moçambique. O SNJ congratulou-se pelo ambiente relativamente calmo, apesar de algumas situações isoladas de violações às liberdades de exercício da actividade jornalística e normas éticas.

Entre os casos reportados, o SNJ destacou a ocorrência de violência no distrito de Angoche, província de Nampula, onde dois membros da Rádio Comunitária Parapato foram alvo de ameaças verbais e tiveram o seu material de trabalho ilegalmente confiscado por elementos alegadamente ligados ao Conselho Municipal local. Um dos jornalistas foi levado ao Comando da Polícia, de onde foi libertado algumas horas depois.

Em Manica, o SNJ denunciou o envolvimento de chefias de instituições públicas de comunicação social e de alguns jornalistas de rádios comunitárias em acções de campanha de um dos partidos concorrentes, sem terem solicitado previamente dispensa das suas funções profissionais. Em certos casos, foram utilizados meios públicos para apoiar estas actividades, uma situação que viola as normas de imparcialidade jornalística.

Apesar destas ocorrências, o SNJ observou que a relação entre partidos políticos, candidatos e jornalistas foi, no geral, saudável. No entanto, identificou-se a falta de partilha de programas de actividades por parte de algumas formações políticas, o que dificultou a cobertura mediática de certas acções de campanha.

Outro desafio mencionado pelo SNJ foi a limitação de recursos financeiros, materiais e humanos na maioria dos órgãos de comunicação social, o que impediu uma cobertura mais abrangente e responsável das actividades eleitorais em todo o País. Esta falta de recursos levou alguns jornalistas a dependerem de boleias oferecidas por partidos políticos e candidatos para se deslocarem às zonas de cobertura.

Face a estas situações, o SNJ apela aos jornalistas para que mantenham a sua integridade profissional, resistindo a pressões externas e evitando actos que comprometam a sua imparcialidade. O sindicato também pediu às entidades públicas e privadas, aos partidos políticos e aos órgãos de administração eleitoral que respeitem o direito dos jornalistas a exercerem livremente a sua profissão.

A campanha eleitoral para as eleições legislativas, presidenciais e para as Assembleias Provinciais de Moçambique, marcadas para 9 de Outubro de 2024, continuará até à véspera das eleições, e o SNJ promete continuar a monitorizar a situação e a defender os direitos dos jornalistas em todo o território nacional.

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