A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez saber que no mês de Janeiro houve um aumento “grave dos casos de cólera” em 10 países da África Oriental e Austral, incluindo Moçambique, alertando ainda para o risco de uma epidemia.
A gestora de emergências do Gabinete Regional da OMS para África, Fiona Braka, apontou as mudanças climáticas e os conflitos como uma das razões da propagação do surto da cólera, isto porque “inundações, ciclones e secas reduzem o acesso à água potável e criam um ambiente ideal para o desenvolvimento da cólera”.
Braka disse que estas campanhas de vacinação representam um esforço importante no qual a OMS está a colaborar, porque as reservas internacionais de vacinas contra a cólera são escassas.
Por isso, defendeu que devem ser analisadas soluções que incluam um melhor acesso à água potável, higiene e instalações sanitárias, bem como um diagnóstico e tratamento de qualidade.
Os países mais afectados são a Zâmbia e o Zimbabué, enquanto Moçambique, a Tanzânia, a República Democrática do Congo, a Etiópia e a Nigéria registaram surtos activos de cólera, com um total de 26.000 casos e 700 mortes, segundo a OMS.