O Tribunal Penal Internacional (TPI) divulgou neste domingo, 06 de Outubro, mandados de prisão para seis homens, alegadamente associados a “uma milícia violenta” na Líbia, acusada de múltiplos homicídios e outros delitos numa cidade ocidental estrategicamente importante.
A Líbia enfrenta uma crise política desde que uma insurreição apoiada pela NATO derrotou e matou Muammar Gaddafi, em 2011. Desde então, o país permanece dividido entre facções rivais no leste e no oeste, cada uma apoiada por milícias e governos estrangeiros.
O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, afirmou que sua investigação reuniu provas “indicando que os moradores de Tarhunah foram submetidos a crimes equivalentes a crimes de guerra, incluindo assassinato, ultrajes à dignidade pessoal, tratamento cruel, tortura, violência sexual e estupro”, conforme reportado pelo portal de notícias African News.
Os seis mandados de prisão são contra Abdelrahim al-Kani, Makhlouf Douma, Nasser al-Lahsa, Mohammed Salheen, Abdelbari al-Shaqaqi e Fathi al-Zinkal. Karim Khan afirmou que três dos suspeitos eram líderes ou membros seniores da milícia Al Kaniyat, que controlou Tarhunah de 2015 a Junho de 2020, e outros três eram autoridades de segurança líbias associadas à milícia na época dos supostos crimes.
O TPI iniciou uma investigação sobre a Líbia em 2011, a pedido do Conselho de Segurança da ONU. Rapidamente foram emitidos mandados de prisão para os suspeitos, incluindo o ex-ditador Gaddafi, que foi morto antes de ser capturado e julgado. O tribunal também busca o filho de Gaddafi, Saif al-Islam Gaddafi, que continua foragido.