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Vilankulo TV: uma “incubadora” de jornalistas

Uma televisão que surgiu na altura do Vilankulo FC com objectivo de difundir apenas as actividades do clube lança, pela primeira vez no mercado do emprego, um total de quatro profissionais de comunicação social. Três são assessores de comunicação e imagem no Governo distrital de Vilankulo e um é freelancer, sendo que colabora frequentemente com uma das televisões nacionais. A Vilankulo TV (VTV) reafirma o compromisso de continuar a incentivar os jovens a abraçarem o empreendedorismo com vista garantir seu sustento e das suas famílias.

Texto: Anastácio Chirrute, em Inhambane

São eles Saquino Vilanculos (28 anos), Noa Cossa (21 anos), Aldina Vilanculos (23 anos) e Stelio Rachird (28 anos). Hoje são grandes profissionais de comunicação e referências a nível do distrito de Vilankulo. Por isso mesmo, foram aliciados e aceitaram abraçar novas oportunidades de emprego em instituições públicas e privadas.

Segundo o patrono da VTV, Yassin Amuji, ao longo dos anos, a estação, que é uma das mais inovadoras do País, mudou de conceito, convertendo-se numa “incubadora” de jornalistas em Vilankulo. “Sentimos a necessidade de criar algo que pudesse albergar esses jornalistas que têm algum potencial na área de televisão”, declara.

Uma verdadeira escola

Saquino Vilanculos, que por sinal esteve na VTV desde o primeiro dia, trabalha actualmente como assessor de comunicação e imagem do administrador de Vilankulo. Mostra-se satisfeito por ter feito parte da família VTV, uma casa que ajudou-lhe a aprimorar conhecimentos na matéria de jornalismo.

ʺA VTV é uma escola. Eu, particularmente, aprendi muito graças a este projecto de Yassin Amuji. Fui um dos pioneiros. Arrancamos com o projecto quando tínhamos apenas uma câmera e um computador, mas com o apoio moral do nosso PCA conseguimos dar passos gigantescos”, conta, antes de admitir ser um “orgulho” ter feito parte do canal.

Já Aldina Vilanculos é estudante do curso de agronomia, mas é no jornalismo que descobriu o seu melhor talento. É repórter e apresentadora do “mais jovem”, um programa que debate assuntos da juventude. Com apenas três anos de experiência, já sente que evoluiu bastante.

ʺEu entrei quando estava a frequentar o segundo ano da faculdade, coincidiu com a COVID. Por causa disso, as aulas foram paralisadas por algum tempo. Não tinha noção de jornalismo, entrei na VTV e tornei-me esta profissional que hoje sou. Já sei pegar na câmera, ir à rua filmar e depois voltar e escrever notícias‶, celebra.

Quem também foi formado pela VTV é o jovem Noa Cossa. Entrou sem nenhum domínio do jornalismo, mas hoje já trabalha como freelancer, colaborando bastante com um dos canais de televisão nacional. Filma e edita conteúdos informativos e envia-os para serem publicados.

ʺEntrei na VTV sem saber nada sobre o jornalismo. Hoje sou um grande profissional. Sei produzir algumas peças de reportagem, como prova disso recebi uma oportunidade de emprego para trabalhar como correspondente de um canal de televisão e estou satisfeito por isso‶, congratula-se, antes de aconselhar os jovens a estagiarem na estação.

Segundo o patrono da VTV, o objectivo da criação da TV não era beneficiar a televisão, mas sim o próprio jornalista, permitindo que possa mostrar as suas capacidades e garantindo que tenha independência económica.

ʺFoi aí que começámos a funcionar como televisão e passámos a receber boa parte dos jovens estagiários na área de jornalismo. Alguns jovens entram como estagiários e, ao fim dos três meses, são subsidiados, dependendo daquilo que são os programas que eles criam”.

ʺEste ano entramos com uma outra visão, que é de subsidiar os meios necessários. Neste caso, é um kit composto por um celular, microfone, lapela e o tripé. Esse material é para o jornalista usar no seu dia-a-dia e custa cerca de 12 mil meticais. Nós compramos o material e oferecemos e, em cada final do mês, descontamos alguma percentagem do subsídio até completar os 12 mil meticais‶, acrescentou.

100% online, a VTV é uma empresa com infra-estruturas próprias. Tem uma sala onde são produzidos todos os programas. A mesma possui computadores e está ligada à rede de internet 24 horas por dia.

ʺCriamos condições para que os jornalistas possam aprimorar seus conhecimentos. É claro que não pretendemos que os jornalistas fiquem presos para sempre, gostaríamos que a VTV servisse de alavanca e de impulso para que eles possam triunfar na vida, nas outras áreas ou mesmo na área de jornalismo, e é por isso que estamos satisfeitos. No ano 2020 tivemos quatro jornalistas nossos que saíram da Vilankulo TV e foram abraçar outras áreas. Três deles estão a trabalhar no Governo distrital e um é operador de câmera e freelancer de uma televisão‶, disse.

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