Um dia após o adiamento das eleições presidenciais, anunciado pelo actual presidente do Senegal, Macky Sall, deflagrou uma onda de manifestações nas ruas de Dacar, com a frase “Macky Sall, ditador” a ser a “trilha sonora”.
Este domingo, 05 de Fevereiro, as autoridades prenderam uma líder da oposição que participava dos protestos e suspenderam o sinal de uma rede de TV, informa RFI.
A polícia dispersou a passeata com gás lacrimogéneo e perseguiu manifestantes. Alguns deles responderam atirando pedras contra os polícias e erguendo barricadas.
A líder opositora Aminata Touré, que foi primeira-ministra de Sall, havia denunciado o adiamento das eleições como “um retrocesso democrático sem precedentes” na antiga colónia francesa, e convocado a manifestação popular para resistir à medida.
A decisão da revogação do decreto que convoca as eleições presidenciais, marcadas para 25 de Fevereiro, foi tomada no sábado, 03 de Fevereiro, a poucas horas do início da campanha eleitoral, sem fixar nova data.
Sall justificou a medida com a polémica levantada em torno da lista final de candidatos, invocando o conflito que surgiu entre o Conselho Constitucional e a Assembleia Nacional após a validação definitiva pelo tribunal de 20 candidaturas e a eliminação de várias dezenas de outras.