Todas as empresas cotadas que não tenham prestado informações verídicas e/ou actualizadas à Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) serão suspensas nos próximos tempos. A decisão foi anunciada na manhã de hoje pela directora do Gabinete Jurídico da BVM, Sara Cândido, na esteira do “Ciclo de Negócios” que decorre em Maputo.
Trata-se de um encontro entre diversas instituições económicas, organizado pela Bolsa de Valores de Moçambique, com o objectivo de elucidar os diferentes intervenientes do Mercado de Capitais sobre os procedimentos operacionais da Bolsa de Valores de Moçambique, bem como analisar e medir o pulsar do mercado financeiro nacional.
Sara Cândido disse, na ocasião, que muitas empresas listadas na BVM não têm cumprido com as respectivas obrigações junto ao órgão de que faz parte, pelo que a Bolsa vai, daqui em diante, aplicar uma série de medidas.
“Vamos suspender do mercado de cotação. E, para o caso das empresas que não cumprem o período de perdão de seis meses concedido para se organizar, enviar balanços e estatutos, também vamos suspender”, afirmou Sara Cândido, acrescentando ainda que a Bolsa prima pela transparência.
A directora jurídica fez saber que o não cumprimento dos compromissos compromete negativamente a “saúde financeira”, pois prejudica as empresas na compra de títulos, bem como na obtenção de financiamentos e investidores. Por este motivo, apela as empresas a apresentar informação clara de forma “atempada” e “flexível”.
Com efeito, a medida anunciada pela BVM vem reforçar a estratégia de emissão de ofícios e solicitações, no sentido de instigar e regularizar os respectivos dados.
Representadas pelo presidente da Associação das Pequenas e Medias Empresas (APME), Feito Tudo Male, as empresas assumiram o compromisso de cumprir com as obrigações com a Bolsa, acrescentando que vão participar, continuamente, de iniciativas de expansão e investimento. D&F
