A abertura da feira do mercado no Centro de Refugiados de Maratane, na província de Nampula, permitiu a promoção da comercialização agrícola com vista ao empoderamento dos refugiados e da população nativa. Quem assim o diz é o oficial de Programas de Negócios na Livaningo, Julião Baptista, que destacou também a criação do Programa Poupança Crédito Rotativo, que confere às comunidades a possibilidade de solicitarem financiamento para suportar seus projectos de desenvolvimento.
João Baptista explicou ao Dossiers & Factos que a abertura da feira do mercado de negócio, facto que acontece pela primeira vez naquele centro de refugiados, constitui um ganho, pois reduziu a dependência daquele grupo social, na medida em que já produz seus alimentos e desenvolve negócios que geram algum rendimento.
Para já, o programa trabalha com 300 refugiados que foram submetidos à formação em diferentes matérias de desenvolvimento de negócios. Segundo Julião Baptista, os frutos são visíveis. Entre eles, destaca o financiamento aos projectos estruturantes apresentados pelos refugiados após a formação.
Ainda de acordo com a fonte, até ao momento foram financiados cerca de uma dezena de membros das comunidades que apresentaram projectos de criação de frangos, confecção de refeições, venda de carne bovina, suína, entre outras.
“Com o negócio tudo muda, permitindo que as comunidades se reinventem” disse a Julião Baptista, antes de acrescentar que há mais projectos em carteira para os próximos dias.