O candidato da Frelimo à Presidência da República, no âmbito das eleições gerais agendadas para 9 de Outubro próximo, Daniel Chapo, disse que desta vez os membros do seu partido o habilitaram para conduzir Freightliner, referindo-se ao País, caso vença no próximo escrutínio. Falando durante um comício na cidade de Chimoio, na sexta-feira, 09 de Agosto, no quadro de uma visita de trabalho de dois dias a província de Manica, Chapo destacou que o convite para abandonar “veículos leves” e abraçar os “pesados” é prova de que fez um bom trabalho nos distritos de Nacala a Velha, em Nampula, e Palma, Cabo Delgado, assim como na província de Inhambane, onde foi governador por oito anos.
Texto: António Cumbane, em Chimoio
“Esse é um motorista que já andou de Toyota Corolla e foi aprovado, e depois andou de Toyota D4D. Agora os camaradas disseram que, dada a sua experiência, já dá para conduzir freigthliner”, disse, referindo-se aos governos distritais (de Nacala a Velha e Palma), provincial (de Inhambane) e central (Presidência da República), respectivamente. Daniel Chapo que também é Secretário-Geral da Frelimo, classificou os restantes concorrentes como amadores que nem sabem andar de bicicleta.
“Há outros motoristas que nem bicicleta, motorizada e muito menos Vitz sabem conduzir, mas também estão nesta corrida. Quando chegar o dia da decisão, escolham a viatura que estiver a ser pilotada por um automobilista seguro e experiente”, disse Chapo.
Entretanto, as metáforas de Chapo estão a gerar alguma controvérsia. Em anonimato, fontes do jornal, por sinal do partido Frelimo, criticaram este discurso, fazendo lembrar que para conduzir freightliner é necessária uma certificação especial.
“Conduzir freightliner carece de uma autorização específica que seria, neste caso vertente, a profissional ou de cargas perigosas. Dizer que andou de Corolla e D4D não significa nada. Há que confirmar as cartas”, disseram.
Em Chimoio, Chapo disse que estava em Manica para acertar a máquina com os órgãos do partido rumo às eleições de 9 de Outubro próximo. “Trabalhamos com as células, os Comités de Círculos, Comités de Zona, Comités de Localidade, Distritais e o Comité Provincial do partido Frelimo em Manica”, frisou.
O candidato sublinhou que, na Frelimo, as vitórias não aparecem por acaso. “A Frelimo não é um partido sazonal. Trabalhamos 24/24 a afinarmos a máquina”.
Salientou que, sendo Manica uma província rica em termos agrícolas, há que se trabalhar para se sair de uma agricultura de subsistência para a industrial, capaz de gerar riquezas.
Chapo também falou da [necessidade de] criação de condições para a construção de um banco que vai abrir as linhas de financiamento para os jovens e mulheres empreendedores, sobretudo nos distritos.