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DESDE NOVEMBRO DE 2022: Coral Sul FLNG exportou 4,48 milhões de toneladas de gás

A plataforma flutuante de gás natural Coral Sul FLNG exportou 4,48 milhões de toneladas desde o primeiro carregamento em Novembro de 2022, realizando 63 carregamentos até Junho de 2024. O Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou este feito no seu informe sobre o Estado Geral da Nação, sublinhando a importância desta conquista para posicionar Moçambique como um actor relevante no mercado global de energia.

Texto: Dossier Económico

Nyusi não especificou as receitas fiscais obtidas, mas afirmou que a exploração de hidrocarbonetos é um marco transformador para a economia moçambicana, convertendo um sonho antigo numa realidade. Alertou, contudo, que o país deve evitar a “maldição dos recursos” e usá-los para o benefício das futuras gerações, mencionando a criação do Fundo Soberano como um passo para um desenvolvimento inclusivo a longo prazo.

Destacou também que o início das exportações a partir da Coral Sul FLNG é um marco significativo, que deve ser complementado com a diversificação económica. Para isso, a refinaria de gás de cozinha, com capacidade de 30 mil toneladas, está em fase final de construção para garantir que parte do gás beneficie os moçambicanos.

Além do gás natural, houve avanços no sector energético. Nyusi realçou que a capacidade de armazenamento de combustíveis líquidos aumentou para 65 mil metros cúbicos, demonstrando planeamento estratégico e mitigação de riscos. A electrificação de Moçambique também avançou significativamente, com a taxa de cobertura passando de 26% em 2015 para 55% em 2024. O número de clientes da EDM duplicou, alcançando 3,5 milhões.

Nyusi anunciou a construção da central térmica de Temane, com 450 MW, que será a maior desde a independência, e a central eólica de Namaacha, com 120 MW. Também mencionou a construção de linhas de transmissão, incluindo a linha Temane-Maputo e a interligação Moçambique-Malawi, para fortalecer o papel de Moçambique como fornecedor de energia na SADC.

No domínio do abastecimento de água, a cobertura subiu de 51% para 64% da população, e foram construídas 180 novas unidades sanitárias. Em infraestruturas portuárias, o Porto de Nacala foi modernizado, aumentando a capacidade de carga de 100 mil para 250 mil toneladas anuais. A reabilitação do Porto de Maputo e de linhas férreas, como a de Ressano Garcia e Machipanda, melhoraram a conectividade regional.

No transporte de passageiros, foram introduzidas 90 novas carruagens, elevando o número de passageiros de 3 milhões para mais de 7 milhões, um crescimento de cerca de 84%. Estas melhorias infraestruturais e económicas são parte do legado de Nyusi, que afirma que Moçambique caminha para um desenvolvimento sustentável e resiliente.

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