O mês de Agosto foi mais barato em comparação com o mês de Julho. O País registou uma queda de preços de 0,11%, com destaque para produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. Contudo, Beira e Inhambane ficaram de fora das cidades que registaram baixa de preços. A informação foi partilhada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu mais recente relatório sobre o Índice de Preços no Consumidor (IPC).
Texto: Milton Zunguze
O mais recente estudo, que, como de apanágio, envolveu as cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e a província de Inhambane, revelou uma descida nos preços, com destaque para produtos alimentares e bebidas alcoólicas. Entre estes, a cebola contribuiu com uma queda de 10%, seguida do tomate com 5,1%, o repolho com 10,6%, o peixe seco com 1%, a alface com 7,4%, a couve com 2,6% e a farinha de milho com 1%. No conjunto, esses produtos contribuíram com cerca de 0,19% negativos da variação mensal de 0,11%.
Em contrapartida, registou-se uma subida nos preços de outros produtos, como o milho em grão (12%), o limão (48,6%), o quiabo (6,7%), consultas em clínicas (3,1%), os livros escolares (0,9%), o frango (1,0%) e a galinha (0,6%). Estes produtos contrariaram a tendência de queda, contribuindo com cerca de 0,10pp positivos no total da variação mensal.
De Janeiro a Agosto, os preços subiram em torno de 1,04%, com destaque para alimentação e bebidas não alcoólicas, e para restaurantes, hotéis, cafés e similares, que contribuíram com 0,40pp e 0,21pp positivos, respectivamente.
Durante este intervalo de tempo, o crescimento dos preços foi generalizado em todas as cidades, com Quelimane a liderar com um aumento de 2,61%, seguida da Beira com 2,14%, Chimoio com 0,85%, Maputo com 0,76%, Xai-Xai com 0,68%, Nampula com 0,47%, Tete com 0,43% e Inhambane com 0,31%.
“Destacam-se os aumentos nos preços do peixe seco, das refeições em restaurantes, do feijão manteiga, do arroz em grão, da água canalizada, do milho em grão e do açúcar castanho, que contribuíram com 0,89pp positivos no total da variação acumulada.”
Em termos homólogos, ou seja, a comparação entre Agosto de 2024 e o mesmo mês de 2023, registou-se um aumento geral de preços de 2,75%, com as divisões de Educação e de Alimentação e bebidas não alcoólicas a registarem as maiores subidas, de 6,18% e 5,28%, respectivamente.
Beira e Inhambane desafiam “tendência positiva”
Entre as cidades que contribuíram para a variação mensal negativa, destaca-se Xai-Xai com -0,30%, seguida de Nampula com -0,20%, e Quelimane, Tete e Maputo com -0,18% cada. A cidade de Chimoio registou -0,09%. No entanto, Beira e província de Inhambane registaram aumentos de preços de 0,28% e 0,06%, respectivamente